terça-feira, 18 de junho de 2013

A quem interessa?

Enquanto o senador Álvaro Dias, líder do PSDB no Senado, interpretava da tribuna da Casa as manifestações populares no país como atos de protesto contra o governo da presidenta Dilma Roussef, os manifestantes paulistas tentavam invadir o Palácio Bandeirantes, sede do governo tucano de Geraldo Alkmin. Enquanto o senador Álvaro Dias, useiro e vezeiro nesse tipo de políticagem, tentava capitalizar politicamente as manifestações, os ativistas de Brasília ocupavam a cobertura do Congresso Nacional do qual ele faz parte e tentavam invadi-lo. Não se tem noticia de tentativa de invasão do Palácio do Planalto ou do Palácio da Alvorada. Na verdade, ninguém sabe exatamente contra o que protestavam os milhares de manifestantes que ocuparam as ruas de 12 capitais, com maior volume em São Paulo e no Rio de Janeiro. Nem mesmo a imprensa brasileira e os correspondentes estrangeiros conseguiram identificar a verdadeira causa das manifestações. Nos primeiros dias o motivo era o aumento do preço das passagens de ônibus mas, depois, o foco ficou difuso e passou a valer tudo, inclusive a corrupção e o custo da construção dos estádios de futebol. Como não existe manifestação espontânea, não há dúvida de que os protestos foram organizados por alguém ou algum grupo ou entidade em todo o país. Não parece difícil chegar a essa conclusão, bastando para isso observar as bandeiras de partidos políticos e os cartazes impressos com as mesmíssimas frases em todos os lugares como, por exemplo, a que diz: “O povo acordou, o povo decidiu; ou para a roubalheira ou paramos o Brasil”. Coincidência? Claro que não, pois até a máscara do conspirador inglês Guy Fawkes, usada por manifestantes em países da Europa, foram afiveladas na cara por manifestantes no Rio e São Paulo. Percebe-se, também, a tentativa de imitar-se, inclusive quanto à violência, as manifestações registradas na Turquia e em países europeus. Havia até cartazes com a inscrição: ”Acabou o amor. Isso aqui vai virar Turquia”. Como eu disse antes, os organizadores perderam o controle e a manifestação que começou pacífica degenerou em violência, com ataques ao prédio histórico da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, ao Palácio Bandeirantes, em São Paulo, a veículos de trabalhadores e ônibus, cenas de barbárie mostradas pela TV. Quem quer apenas protestar não esconde o rosto com a camisa ou com máscaras, como fizeram os baderneiros. Quem vai pagar os prejuízos ao patrimônio público e privado? Parece claro que, afora os que participam das manifestações conscientes do que estão fazendo, a maioria é constituída de inocentes úteis que se transformam em massa de manobra para quem manipula o movimento. Uma jovem chegou a dizer: “Estou aqui participando mas não uso o transporte público”. Mas não é dificil descobrir quem está por trás de tudo. Basta responder à pergunta: a quem interessa a desestabilização do governo?

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