segunda-feira, 24 de junho de 2013

Congresso bancário

O VII Congresso Estadual dos Bancários do Maranhão foi realizado neste sábado (22/06), na sede do SEEB-MA, em São Luís. Na ocasião, os bancários maranhenses aprovaram uma série de resoluções que serão encaminhadas para os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em âmbito nacional. O objetivo é contribuir com a solução dos problemas que originaram os protestos que ocorrem em todo o país e cobrar das autoridades não somente as reivindicações da categoria bancária, mas também da população brasileira, como saúde, segurança, previdência, além de melhorias nos demais serviços e a manutenção do poder de investigação do Ministério Público. Durante o Congresso, os bancários ainda definiram as pautas de reivindicações específicas para a Campanha Salarial 2013 e votaram, em assembleia, pela alteração de artigos do Estatuto do Sindicato. Uma moção de repúdio também foi aprovada contra o banco Itaú, pela demissão imotivada e antissindical do bancário Elves de Sena. O VII Congresso Estadual contou com a participação de mais de 100 bancários de todo o Estado, além de representantes de outras entidades, como o diretor da AFBNB, Francisco de Assis, e do coordenador do Sintrajufe/MA e da Fenajufe, Saulo Arcangeli. O Congresso foi aberto com a análise de conjuntura feita pelo coordenador do Sintrajufe/MA e integrante da CSP-Conlutas, Saulo Arcangeli. O palestrante avaliou que, em 2013, os banqueiros e o Governo – apoiados pela Contraf-CUT – dificultarão ainda mais as negociações com os trabalhadores. Para Saulo, a explicação é simples: se de 2007 a 2010, quando a situação da economia brasileira era mais favorável, a Contraf-CUT blindou os patrões e fechou acordos rebaixados que não contemplavam os interesses dos bancários. Agora, sob o pretexto de que o momento é mais adverso, devido ao crescimento econômico de apenas 0,9%, queda das exportações e à desaceleração da indústria, a tendência é que a Contraf-CUT reforce o discurso de que não é hora de pressionar e conseguir avanços. No entanto, para Arcangeli, o posicionamento da central sindical deve ser rechaçado, pois esse é o momento ideal para garantir e conquistar direitos, melhores salários e condições de trabalho. Para isso, os bancários devem somar forças com os manifestantes e sair às ruas para denunciar os desmandos da CUT, do Governo e dos banqueiros. Esse é o momento de a categoria cobrar reajustes dignos, reposição das perdas salariais, fim do fator previdenciário e das terceirizações, dentre outros pontos. Afinal, o setor financeiro é o que mais lucra no país – independentemente se a economia vai bem ou mal – em virtude dos investimentos do Governo e, principalmente da exploração dos trabalhadores e da retirada de direitos, do arrocho contra os aposentados, dentre outros fatores.

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