quinta-feira, 27 de junho de 2013

Denúncia grave

O jornalista Mauro Santayana, do "Jornal do Brasil", denunciou em sua coluna que essas manifestações de protesto que viraram rotina no país fazem parte de um processo destinado a provocar o caos e desconstruir a imagem do Brasil no exterior. Com o título de "O joio, o trigo e a razão", o artigo de Santayana faz duas revelações que confirmam recente declaração do primeiro ministro turco, de que essas manifestações estão sendo orquestradas do exterior para prejudicar a Turquia e o Brasil. Diz Santayana: "A policia civil de Minas Gerais já descobriu que bandidos mascarados, provavelmente pagos, recrutados em outros Estados, tem percorrido o país no rastro dos jogos da Copa das Confederações, provocando as forças de segurança, a fim de estabelecer o caos". E acrescenta: "Mensagens oriundas de outros países, em inglês, já foram identificadas na Internet, como parte da estratégia que deu origem às manifestações". A propósito, apareceu nas redes sociais uma convocação para grande manifestação ma tarde desta quinta-feira, no Rio de Janeiro, nos seguintes termos: "Grande ato pacífico pela reforma política. Concentração de 2 milhões na Candelária. Vamos compartilhar o evento e convidar todos os amigos". Ninguém sabe quem está convocando, mas com certeza um monte de gente, inocentes úteis, vai estar lá.

Virou brincadeira

As manifestações que se iniciaram com o protesto em São Paulo contra o aumento das passagens de ônibus, reivindicação justa e legítima, já se transformaram em perigosa brincadeira de mau gosto. Agora temos manifestações todos os dias em praticamente todo o país, protestando-se contra qualquer coisa como pretexto para que as pessoas se reúnam, do que se aproveitam os vândalos e bandidos para dar vazão a seus instintos animais. Com isso, esse instrumento de que o povo dispõe em regimes democráticos para reivindicar direitos está perdendo credibilidade e contribuindo para criar um panorama de caos no país. A imprensa, em especial a televisão, tem grande parcela de responsabilidade nos acontecimentos, inclusive nos atos de vandalismo, porque estão dando uma cobertura exagerada às passeatas. O exagero chegou a tal ponto que estão publicando até, como uma programação de serviços, locais e horários das manifestações. A "Folha", por exemplo, diz: "Saiba quando e onde ocorrerão atos na semana", acompanhado de um mapa com a localização das cidades e uma tabela com os dias e horas das passeatas. Está, assim, prestando um "serviço" a quem pretenda participar das passeatas, o que evidentemente representa um estímulo a essa onda de protestos. Tem-se a nítida impressão de que há um disfarçado interesse em provocar-se o caos no país.

"Manifestantes"

A policia do Rio identificou, entre os vândalos que tentaram invadir a Assembléia Legislativa durante as manifestações de protesto, Arthur dos Anjos Nunes, de 21 anos, contra quem já foi expedido mandado de prisão. Na casa dele, em Itaboraí, a polícia encontrou cartazes, facões, martelos e um soco inglês, entre outras coisas. Ele está foragido. Em São Luis, Maranhão, a polícia prendeu um bando de traficantes que participava das manifestações no bairro Anjo da Guarda. Com eles a policia encontrou armas de grosso calibre, munições, coletes a prova de balas, etc. Ainda em São Luis, na noite desta quarta-feira, por volta das 21 horas, um grupo de cerca de 30 moleques travestidos de manifestantes, alguns usando máscaras de Guy Fawkess, bloqueou o viaduto da Cohama, provocando enorme engarrafamento nas duas pistas. Eu voltava da visita a um irmão enfermo e fiquei preso no engarrafamento. Verifiquei que não havia nenhuma faixa ou cartaz protestando ou reivindicando qualquer coisa. Um jovem gritava: "E aí, galera!" Não havia liderança ou coordenação. Tive a impressão que os moleques estavam se divertindo com uma grande farra, o que me parece está acontecendo na maioria das "manifestações".

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Cara de pau

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o guru do tucanato, disse em entrevista à imprensa que a realização de plebiscito para a reforma política, proposta pela Presidenta Dilma Roussef, "é própria de regimes autoritários". O ex-presidente parece que entrou em órbita, porque todo mundo sabe que, muito pelo contrário, plebiscito é próprio de regimes democráticos. Alguém já viu alguma ditadura consultar o povo sobre qualquer coisa?? Ele foi mais além: disse que as discussões se fecham dentro do Palácio do Planalto e que ninguém debateu a recente lei do petróleo. "Quando quebramos o monopólio do petróleo - lembrou - foi uma briga danada. Havia um debate nacional". FHC parece mesmo que está navegando na maionese - ou então perdeu a memória - pois quando quebrou o monopólio do petróleo se fez de surdo aos protestos do povo em todo o país, usando inclusive a força para sufocar as manifestações. E mais: ele não provocou nenhum debate nacional sobre a emenda constitucional que garantiu a sua reeleição. O povo foi apanhado de surpresa e o Congresso aprovou a PEC em meio a graves denúncias de compra de votos. Cara de pau ou amnésia?

Vale tudo

Graças à lei de acesso à informação, a transparência, qualquer pessoa pode ter acesso aos gastos do governo federal. A chamada Grande Imprensa tem se aproveitado desse acesso para divulgar, em tom de escândalo, certos gastos do governo Dilma. Recentemente a "Folha" divulgou, escandalizada, os gastos das viagens da Presidenta ao exterior, principalmente com hotéis. E nesta quarta-feira revela, ainda em tom de escândalo, os gastos de Dilma com maquiagem e cabeleireiro para seus pronunciamentos em redes de televisão. A noticia, sob o título de "Governo eleva os gastos com maquiagem de Dilma", revela que para seus últimos pronunciamentos na TV a Presidenta gastou mais de R$ 3 mil com cabeleireiro e maquiagem. Diante da aproximação do ano eleitoral, parece que para o grupo que controla a Grande Imprensa vale tudo para recolocar os tucanos no poder. Diante disso, ninguém se espante se em breve os jornalões publicarem notícia, em cores escandalosas, sobre os gastos da Presidenta com papel higiênico e absorventes...

Excelente receita

Com direito a chamada de primeira página, a coluna "Painel do leitor", da "Folha", publica nesta quarta-feira sugestão de um leitor como "fórmula para que a Presidenta Dilma Roussef se especialize em transporte público". É a seguinte: "1 - Levantar às 4 hrs da madrugada; 2 - Ficar esperando o ônibus em dia chuvoso e frio; 3 - Pegar dois ônibus e um metrô para chegar ao trabalho; 4 - Trabalhar o dia todo e pegar tudo de volta para voltar para casa; e 5 - Chegar em casa com disposição para esquentar o jantar e ainda namorar no fim da noite". A receita realmente é excelente e pode ser adotada não apenas pela Presidenta Dilma mas, também, pelos deputados e senadores, prefeitos e governadores, entre eles o governador Geraldo Alkmin, e, também, pelos proprietários dos grandes jornais paulistas. Se todos eles adotarem essa receita certamente o problema do transporte público será solucionado no mais curto espaço de tempo...

Belo conselho

O jornalista italiano radicado no Brasil Elio Gaspari, colunista da "Folha de São Paulo", escreveu um artigo para o jornal americano "New York Times" com um título bem sugestivo, que revela o seu "amor" pelo povo brasileiro: "Que comam futebol". No artigo ele fala sobre as manifestações no Brasil, criticando, entre outras coisas, os gastos com a Copa do Mundo e as olimpíadas. Tanto ele como o seu jornal provavelmente acreditam que o artigo, para americano ler, prestou um grande serviço ao Brasil mandando o povo "comer futebol". Justifica-se o "belo" conselho pelo fato dele não ser brasileiro...

terça-feira, 25 de junho de 2013

Democracia

Transcrevo abaixo, por oportuno, texto do advogado Ribamar Fonseca Junior, Mestre em Direitos Humanos, publicado nesta terça-feira no seu blog: "Infelizmente, no senso comum brasileiro, os defensores dos direitos humanos no Brasil só servem para defender bandidos. Essa visão obliterada foi construída por parte de uma mídia totalmente comprometida em alienar a população. Todavia, alguns atores deste cenário contribuíram e contribuem para que esta visão continue a povoar o imaginário de grande parte da população. Hodiernamente vive-se no Brasil um momento delicado, onde poucos sabem pelo que estão lutando e muitos apenas acompanham a procissão. Tenho lido e assistido tanta asneira, argumentos construídos no que outros disseram sem se checar a veracidade da informação. Pessoas que não conhecem a história do Brasil e muito menos os motivos que desencadearam a Revolução de 1964. Para algumas pessoas próximas tenho externado o orgulho de ser brasileiro e sentir que o país cresceu e que o povo cresceu junto com ele. Prova disso, são os milhões de brasileiros que saíram da miséria em que viviam. Falo com entusiasmo o fato de não sermos subordinados aos ditames da inflação e do FMI, e de sermos respeitados pela comunidade internacional como uma grande potência. Reconheço que ainda se precisa avançar muito, todavia isso não pode ser do dia para a noite, leva alguma tempo. Desde criança ouvia a expressão que o ” Brasil era o país do futuro”. Hoje, no entanto, posso afirmar que para o Brasil o futuro é agora e isso só é possível graças a democracia que vivemos e respiramos. E graças a esta democracia, as pessoas podem se manifestar livremente e buscar soluções para vários assuntos como saúde, educação, transporte público, moradia, entre outros. Esta possibilidade de reivindicar, de ser ouvido, em questões concretas e transparentes, é que faz com que políticas públicas sejam implementadas. Além desses assuntos, outros precisam entrar na pauta das reivindicações como o combate ao tráfico de seres humanos, ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, a acessibilidade e mobilidade para todos, a situação dos idosos, entre outros. É com grande esperança que aguardo o desfecho dessas manifestações que se realizam por todos os Estados da federação, onde o povo deve reivindicar pacificamente, na certeza de que esta será mais uma prova para o mundo do amadurecimento da nossa democracia."

Orquestração

O primeiro ministro turco Recep Tayyip Endogan disse, em pronunciamento nesta terça-feira, que "os protestos na Turquia e no Brasil são orquestrados por forças que querem evitar o crescimento dos dois países". Depois de lembrar que os dois países saldaram suas dívidas com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o premier turco afirmou que o Brasil é alvo da mesma conspiração que tenta desestabilizar o seu país. E acrescentou:"Os símbolos são os mesmos, os cartazes são os mesmos, Twitter e Facebook são os mesmos, a mídia internacional é a mesma. É o mesmo jogo, a mesma armadilha, o mesmo objetivo". O primeiro ministro turco praticamente repetiu o que eu já disse neste blog: "Desde o começo algumas pessoas, interna e externamente, tem tentado classificar os protestos como totalmente inocentes e justos, e acusando a polícia de usar sistematicamente a força". Endogan acusou, em especial, os meios de comunicação, afirmando:"Alguns meios de comunicação na Turquia são os principais provocadores". Eu já denunciei, deste blog, que alguns setores da imprensa estão estimulando as passeatas, inclusive informando o dia, hora e local das manifestações. "Saiba quais são os atos de hoje e amanhã", anuncia um grande jornal paulista. O fato é que,como disse o premier turco - e eu já denunciei daqui - a imprensa internacional também tem tentado desqualificar o Brasil, inclusive buscando influenciar os investidores contra o nosso país. E parece que estão conseguindo, pois a colunista Anna Ramalho, do JB, disse em sua coluna desta terça-feira que "os empresários estão céticos com a economia do Brasil". Diz a nota:"Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) vefrificou uma queda na confiança entre os empresários, que não apostam numa recuperação mais consistente da economia brasileira este ano". Alguém ainda tem dúvida?

Reforma política

A oposição não gostou da proposta da Presidenta Dilma Roussef para a realização de um plebiscito popular sobre a reforma política. E, como é óbvio, os principais líderes oposicionistas ouvidos, entre eles o candidato tucano à Presidência da República, Aécio Neves, criticaram a proposta, sob o argumento de que não há necessidade de plebiscito, nem de Constituinte, porque a decisão cabe ao Congresso Nacional. Ocorre que a reforma política está no Congresso desde o governo FHC e até hoje não avançou um milímetro porque, evidentemente, contraría os interesses dos próprios parlamentares. Considerando que ninguém mais acredita nos políticos, nem mesmo os próprios congressistas, conforme afirmou recentemente o senador Pedro Simon, a melhor maneira de garantir a realização da reforma é através da pressão popular. Aliás, o ministro Joaquim Barbosa,presidente do STF, já disse que quando um poder não ocupa o seu espaço vem outro e o ocupa. A propósito, o "Jornal do Brasil" on line, em editorial, diz sobre a reforma política o seguinte: "A presidente Dilma Rousseff, ao propor um plebiscito para a reforma política, além de surpreender a todos lançando mão de um instrumento que prevê ampla participação popular, jogou luz sobre o jogo político e acabou com as ações veladas das elites que queriam se apropriar das manifestações das ruas nos últimos dias. A oposição reclamou da proposta e já vem afirmando que um plebiscito para discutir reforma política seria inconstitucional. No entanto, nem todos os juristas e ministros do Judiciário concordam com essa posição." Mais adiante diz o JB que "o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, embora tenha sido tratado com deferência pelo governo e ser consultado com antecedência sobre a proposta, disse, num primeiro momento, que concordava com uma reforma política ampla, mas não com plebiscito. O cheiro de povo nunca adentra aos luxuosos apartamentos de Higienópolis porque incomoda. Aécio Neves, candidato do PSDB à Presidência da República, também reclamou da forma como foi proposta a discussão sobre a reforma política." O editorial do JB conclui: "Se havia críticas a Dilma pela sua falta de jogo de cintura, a presidente provou que está disposta a rebolar como passista de escola de samba ao encarar uma consulta popular. Já os que são contrários a essa ampla participação estão temerosos e começam a buscar uma saída, tendo como argumento a inconstitucionalidade de uma constituinte exclusiva. Seria medo? O fato é que a proposta de Dilma foi uma verdadeira jogada de “mestra”.

Campanha eleitoral

A campanha política com vistas às eleições presidenciais de 2014 já está nas ruas. Na verdade ela começou ano passado, por ocasião das eleições municipais, quando a elite brasileira que controla a chamada Grande Imprensa - e que nunca digeriu a eleição de um operário para a Presidência da República e muito menos a permanência do petismo no poder - tentou impedir a eleição de Fernando Haddad para a prefeitura de São Paulo, não apenas com a ampla cobertura do julgamento do mensalão, realizado justo no período eleitoral como, também, influenciando ministros. Com o objetivo de impedir que a Presidenta Dilma Roussef se reeleja, o mesmo grupo aproveita as manifestações para desqualificar o governo, já tendo conseguido reduzir a sua aprovação popular. Para alcançar seus objetivos não basta dar mais ênfase às notícias negativas mas, também, não hesita em distorcê-las, desde que possam influenciar o grande contingente de leitores que não usa a massa cinzenta para pensar. Ainda no recente encontro da Presidenta com lideranças do MPL (Movimento Passe Livre) uma das líderes foi entrevistada à saída do Palácio do Planalto. O repórter fez o seguinte comentário, à guisa de pergunta, conforme a TV Globo exibiu no "Jornal Hoje": "Pelo que percebemos a Presidência está despreparada para lidar com o problema do transporte público". E a líder do MPL respondeu: "Exatamente". No dia seguinte o comentário do repórter foi colocado na boca da líder do MPL e publicado em todos os grandes jornais com a seguinte manchete:"Líder do MPL diz que a Presidência é despreparada". E o público que não usa a massa cinzenta leu que "a Presidenta é despreparada". É assim que o tucanato tenta reconquistar o Palácio do Planalto...

Hora é agora

Como está na moda no Brasil fazer passeata de protesto contra qualquer coisa, os aposentados e pensionistas do Banco da Amazônia poderiam aproveitar a oportunidade e fazer uma passeata em Belém para protestar contra a liquidação da Caixa de Aposentadoria Complementar dos Funcionários do Basa (CAPAF)e, também, pedir a prisão dos responsáveis pela falência da instituição e dos que foram coniventes na apuração das responsabilidades. Como a imprensa escrita, falada e televisionada está dando a mais ampla cobertura a todas as manifestações, em qualquer ponto do país, os velhinhos do BASA, que nunca conseguiram o espaço sequer de uma linha na mídia regional e nacional, certamente teriam garantida a divulgação do seu protesto e das suas reivindicações. Só peço que os velhinhos não usem aquelas máscaras ridículas do inglês Guy Fawkess, que os imbecís imitadores copiaram das manifestações européias. E nem quebrem nada, até porque não têm mais força e agilidade para isso.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Congresso bancário

O VII Congresso Estadual dos Bancários do Maranhão foi realizado neste sábado (22/06), na sede do SEEB-MA, em São Luís. Na ocasião, os bancários maranhenses aprovaram uma série de resoluções que serão encaminhadas para os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em âmbito nacional. O objetivo é contribuir com a solução dos problemas que originaram os protestos que ocorrem em todo o país e cobrar das autoridades não somente as reivindicações da categoria bancária, mas também da população brasileira, como saúde, segurança, previdência, além de melhorias nos demais serviços e a manutenção do poder de investigação do Ministério Público. Durante o Congresso, os bancários ainda definiram as pautas de reivindicações específicas para a Campanha Salarial 2013 e votaram, em assembleia, pela alteração de artigos do Estatuto do Sindicato. Uma moção de repúdio também foi aprovada contra o banco Itaú, pela demissão imotivada e antissindical do bancário Elves de Sena. O VII Congresso Estadual contou com a participação de mais de 100 bancários de todo o Estado, além de representantes de outras entidades, como o diretor da AFBNB, Francisco de Assis, e do coordenador do Sintrajufe/MA e da Fenajufe, Saulo Arcangeli. O Congresso foi aberto com a análise de conjuntura feita pelo coordenador do Sintrajufe/MA e integrante da CSP-Conlutas, Saulo Arcangeli. O palestrante avaliou que, em 2013, os banqueiros e o Governo – apoiados pela Contraf-CUT – dificultarão ainda mais as negociações com os trabalhadores. Para Saulo, a explicação é simples: se de 2007 a 2010, quando a situação da economia brasileira era mais favorável, a Contraf-CUT blindou os patrões e fechou acordos rebaixados que não contemplavam os interesses dos bancários. Agora, sob o pretexto de que o momento é mais adverso, devido ao crescimento econômico de apenas 0,9%, queda das exportações e à desaceleração da indústria, a tendência é que a Contraf-CUT reforce o discurso de que não é hora de pressionar e conseguir avanços. No entanto, para Arcangeli, o posicionamento da central sindical deve ser rechaçado, pois esse é o momento ideal para garantir e conquistar direitos, melhores salários e condições de trabalho. Para isso, os bancários devem somar forças com os manifestantes e sair às ruas para denunciar os desmandos da CUT, do Governo e dos banqueiros. Esse é o momento de a categoria cobrar reajustes dignos, reposição das perdas salariais, fim do fator previdenciário e das terceirizações, dentre outros pontos. Afinal, o setor financeiro é o que mais lucra no país – independentemente se a economia vai bem ou mal – em virtude dos investimentos do Governo e, principalmente da exploração dos trabalhadores e da retirada de direitos, do arrocho contra os aposentados, dentre outros fatores.

domingo, 23 de junho de 2013

Perigo

A professora Janaína Paschoal, de Direito Penal da Universidade de São Paulo, tem a mesma preocupação que eu: ela acha que "a manutenção dos protestos, com a mesma frequência e natureza, implica cavar uma cova para a democracia". E acrescentou: "O Brasil pode estar entrando numa espiral que pode não ter volta". Por expor essa preocupação ela foi considerada pela "Folha de São Paulo" como uma "voz destoante". E fiquei mais preocupado ainda depois de ouvir os discursos dos senadores Cristovam Buarque e Pedro Simon, da tribuna do Senado: Buarque, do PDT, defendeu o fim dos partidos políticos, e Simon, do PMDB, disse que nem os senadores acreditam no Congresso Nacional. Ora, se eles próprios, que integram o Parlamento Nacional, não acreditam no Legislativo e como não existe democracia sem partidos políticos, não é difícil concluir que os dois senadores desejam a volta da ditadura. É bom lembrar que cautela e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém...

Será?

O ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, é o preferido dos manifestantes para Presidente da República nas eleições do próximo ano. Essa a conclusão a que chegou o Datafolha depois de uma pesquisa em que foram entrevistados 555 manifestantes paulistas. Barbosa obteve 30% da preferência dos entrevistados, ficando Marina Silva em segundo lugar, com 22%; Dilma Roussef em terceiro, com 10%, Aécio Neves em quarto, com 5%, e Eduardo Campos em quinto, com 1%. Certamente influenciado por essa pesquisa um jornalista italiano radicado no Brasil fez, em sua coluna na "Folha de São Paulo", um exercício futurista e imaginou o ministro Joaquim Barbosa renunciando ao cargo, filiando-se a um partido político e se candidatando ao Palácio do Planalto nas eleições presidenciais de 2014. Eu pergunto: será que o presidente do Supremo se lançaria a semelhante aventura, deixando o certo pelo duvidoso? Vale lembrar que nas últimas eleições o ministro Edson Vidigal deixou a presidência do Superior Tribunal de Justiça para concorrer ao governo do Maranhão. Não foi eleito.

Aprovação?

Enquanto a polícia se esforça para identificar e prender os vândalos que tem se aproveitado das manifestações de protesto para destruir e saquear o patrimônio publico e privado, facilmente percebido através das cenas exibidas pela televisão, a Justiça impede que eles sejam punidos, negando a prisão temporária deles solicitada pelos delegados. A Justiça já negou sete pedidos de prisão, entre eles do estudante de Arquitetura Pierre Ramon Oliveira, de 20 anos, o mais violento entre os que atacaram o prédio da prefeitura de São Paulo; e do administrador de empresas Gabriel Pessoa de Mello, de 29 anos, que era o verdadeiro demônio no ataque ao prédio da prefeitura do Rio de Janeiro. Ambos foram indiciados por lesão corporal, ameaça, danos ao patrimônio, incitação ao crime e formação de quadrilha. Gabriel chegou à policia para depor acompanhado de nada menos seis advogados, o que revela o seu poder aquisitivo. A Justiça, porém, acha que eles são santinhos e impede que sejam punidos, deixando-os livres para novos atos de vandalismo. Em contra-partida tenta-se punir, com o incentivo de emissoras de TV, policiais que trabalham para manter a ordem, os quais a todo momento são acusados de abuso de poder. Felizmente existem ainda uns poucos jornalistas, como Jânio de Freitas, que em sua coluna da "Folha de São Paulo" disse, entre outras coisas: "Deve-se às PMs do Rio, São Paulo e Brasilia que não ocorresse o inimaginável na noite bárbara de quinta-feira. As três, apesar de bastante agredidas, foram capazes de manter o autocontrole, com êrros apenas individuais que não diminuem o mérito".

sexta-feira, 21 de junho de 2013

O que querem?

Cresce no país a indignação contra a onda de violência que se tornou rotina nas manifestações de protesto em todas as cidades, com a depredação do patrimônio público e privado e o saque a estabelecimentos comerciais. Pessoas que até então apoiavam os protestos já começam a mudar de opinião, principalmente depois das duas mortes registradas. Parece, no entanto, que o bom senso até agora só chegou ao Movimento Passe Livre, de São Paulo, que começou o protesto contra o aumento das passagens de ônibus. Um dos seus líderes, o professor de música Rafael Siqueira, informou nesta sexta-feira que o MPL decidiu suspender as manifestações, não apenas porque seu objetivo foi alcançado - a revogação do aumento das tarifas - mas, também, porque "grupos conservadores de direita se infiltraram nas manifestações para defender propostas que não nos representam". Ele também condenou as agressões a militantes de partidos políticos, afirmando que "eles devem também ter garantia para participar das manifestações". Interessante é que uma repórter da TV Globo, ao entrevistar outro líder do MPL no jornal "Hoje" e ouvir dele a mesma justificativa para a suspensão das manifestações, se mostrou surpresa e indagou: "E as outras pautas, como corrupção e a PEC 37?" O rapaz respondeu: "Isso é outra história, que não está dentro da pauta do MPL". A repórter, pelo visto, quer mais manifestação. E não é só ela. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil também parece que quer ver o circo pegar fogo, pois em nota divulgada nesta sexta-feira, assinada pelo Cardeal Raymundo Damasceno, a CNBB não apenas manifesta apoio às manifestações como, também, estimula a participação dos católicos nos protestos além, é claro, de repudiar a violência. O pitoresco é que apesar desse estimulo, diz que "cabe ao Estado garantir a segurança e tranquilidade de todos aqueles que vão participar da Jornada Mundial da Juventude".

Efeitos

A embaixada dos Estados Unidos no Brasil e o governo português estão orientando os cidadãos americanos e portugueses residentes ou fazendo turismo em nosso país para que fiquem longe das manifestações de protesto que tomaram conta das ruas em várias cidades. Essas manifestações também poderão cancelar a vinda ao Brasil do astro Brad Pitt, que deveria chegar neste sábado para promover o lançamento do filme "Guerra Mundial Z". A sua mulher Angelina Jolie e os filhos, que deveriam vir com ele, já cancelaram a viagem com medo da violência observada nas manifestações. Enquanto isso, o astro do basquete americano Kobe Bryant, do Los Angeles Lakers, que chegou nesta sexta-feira a São Paulo, disse, segundo a "Folha", que apoia os protestos dos brasileiros. Certamente ele não é o único americano que está apoiando as manifestações, por motivos óbvios, mas sem dúvida até agora foi único que teve a coragem de dizer publicamente.

Acusação grave

O órgão de direitos humanos das Nações Unidas acusou Israel de maltratar crianças palestinas, torturando-as e usando-as como escudo humano nos ataques a território palestino. O Comitê da ONU sobre os Direitos da Criança disse ainda que as crianças capturadas pelas forças israelenses na Faixa de Gaza e na Cisjordânia não tem acesso aos serviços de saúde, a escolas e a água potável. Revelou, também, que a maioria das crianças palestinas presas é acusada de lançar pedras e podem por isso pegar até 20 anos de prisão. Segundo o relatório da ONU, centenas de crianças palestinas já foram mortas e milhares feridas. É inacreditável - e ao mesmo tempo revoltante - que um país cujos cidadãos conhecem tão profundamente o sofrimento, vítimas do nazismo, inflijam o mesmo sofrimento a crianças. E em pleno século 21.

Preocupação

A descoberta de um esquema de megaespionagem dos Estados Unidos, que deixou mal o presidente Barack Obama em todo o mundo, também preocupa o Brasil. O ministro brasileiro da Defesa, Celso Amorim, fez um alerta: "É preciso investir em defesa cibernética". Amorim revelou, inclusive, a desconfiança de que já tenha sido alvo de escutas telefônicas. Conclui-se, daí, que o governo brasileiro está atento ao problema.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Pacífica?

O saudoso Papa João Paulo II disse, certa feita, que quem dá importância ao fato é a imprensa. A cobertura que a televisão tem dado às manifestações, embora algumas vezes hostilizada por manifestantes - que chegaram inclusive a incendiar um carro de transmissão da TV Record - tem emprestado ao acontecimento uma dimensão muito maior do que realmente tem. E isso tem servido de estímulo para novas e novas manifestações em todo o país. Nesta quinta-feira a televisão ocupou a maior parte do seu tempo mostrando passeatas em diversos pontos do país, inclusive a brutalidade dos bandidos que, escondendo o rosto, se travestem de manifestantes para destruir e saquear. Até o prédio do Itamaraty, em Brasilia, foi atacado. O mais pitoresco é que os repórteres, mesmo com as cenas de violência sendo exibidas, insistem em afirmar que a manifestação é pacífica. Provavelmente instruídos, todos repetem a mesma frase: "manifestação pacífica". Pacífica?? Embora tentem restringir a violência "a um pequeno grupo de radicais" ou "manifestantes exaltados", por que os organizadores das manifestações não tomam nenhuma providência para impedir a ação dos vândalos se eles estão atacando em todas as passeatas? A violência se repete todo dia em toda parte. E insistem que a manifestação é pacífica? Por outro lado, se a polícia age para coibir as ações violentas é criticada e se não faz nada também é criticada. O fato é que ninguém consegue agradar a todos, até porque são muitos os interesses em jogo. E não há dúvidas de que existem interessados em desestabilizar o governo mergulhando o país no caos, manipulando das sombras, através das redes sociais, o enorme contingente de brasileiros de boa fé que acreditam estar contribuindo para um Brasil melhor. Não sei porque, mas isso me lembra a "marcha com Deus pela liberdade", a gigantesca passeata no Rio de Janeiro que levou o país à ditadura militar...

Caiu a liminar

O Supremo Tribunal Federal concluiu nesta quinta-feira o julgamento do mérito da liminar do ministro Gilmar Mendes que sustou a tramitação, no Senado, do projeto de lei, já aprovado pela Câmara, que limita o acesso dos novos partidos ao Fundo Partidário e à propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV. A liminar foi derrubada por 7 votos a 3, liberando assim o Senado para dar continuidade à tramitação do projeto. Justificando o seu voto contrário à liminar, a ministra Carmen Lucia disse que "o STF não tem competência para adentrar função regulamentar exercida pelo Congresso". O presidente da Corte, ministro Joaquim Barbosa, também votou contra a liminar, dizendo que "situações concretas de tensão entre os poderes são corriqueiras em todas as democracias, mas não há registro histórico de Corte Constitucional que tenha impedido um Parlamento de deliberar a respeito de matéria de sua competência". Votaram a favor da liminar apenas os ministros Gilmar Mendes, que a concedeu, Celso de Mello e, pasmem, Dias Tóffoli. A decisão do STF, porém, estranhamente desta vez não teve na mídia o mesmo destaque dado quando da concessão da liminar pelo ministro Gilmar.

Seriedade

As manifestações de protesto, que estão virando uma rotina nas ruas do país como se fosse um programa de lazer - não fora a estúpida e criminosa violência com que as passeatas terminam - estão perdendo a sua seriedade justamente pela banalização. Apesar do esforço de alguns líderes oposicionistas e setores da midia em dar um tom mais grave ao movimento, as manifestações já estão começando a virar piada. Algumas lojas de confecções de São Paulo colocaram em suas vitrines manequins com máscaras de Guy Walkens segurando cartazes com frases como esta: "A farra acabou". E já se viu numa passeata um manifestante exibindo um cartaz que dizia: "Não é por R$ 0,20, mas pelo gol do Taiti". Nas redes sociais, no entanto, continuam fazendo convocações para, entre outras coisas, comparecerem a determinada hora em determinado local e, também, para colocarem lençóis brancos ou toalhas brancas nas janelas como sinal de apoio e, até, para deixarem o wi-fi sem senha nas regiões por onde a passeata passará a fim de facilitar a comunicação e "ajudar as pessoas a se organizarem". Os mentores dessas convocações já estão inclusive pedindo ao povo para que se reúna diante da casa do governador Sergio Cabral, do Rio de Janeiro. O texto no facebook diz: "Se nossos governantes não ouvem os nossos apelos das ruas gritaremos em suas janelas". Não descarto a possibilidade de algum maluco usar as redes sociais para pedir que as pessoas compareçam peladas às passeatas e tenham seu pedido atendido por outros malucos. Por outro lado, a mania de imitação faz com que se organizem manifestações em pequenas cidades pelo interior do país, onde se procura imitar até mesmo a violência nos grandes centros mostrada pela TV, incluindo a tentativa de invasão de prédios públicos. O mais grave de tudo isso é que alguns jornais estrangeiros, como o "Financial Times" de Londres, por exemplo, estão aproveitando os acontecimentos para desqualificar o Brasil como nação em ascensão. O jornal inglês disse, em editorial, que "acabou a fantasia brasileira". A certa altura, diz o periódico britânico que "o glorioso novo pais propagado pelo governo seria uma fantasia". Chega a afirmar até que há uma tendência, entre os investidores, para acreditar que "o modelo brasileiro chegou ao seu limite". Os incomodados com o crescimento do Brasil devem estar festejando.

Cura Gay

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, presidida pelo deputado-pastor Marco Feliciano, do PSC de São Paulo, aprovou esta semana o projeto já denominado de "Cura Gay", que tem por objetivo submeter homossexuais a um tratamento psicológico com vistas à reversão da sua opção sexual. Isso é uma brincadeira de muito mau gosto que desacredita o Poder Legislativo. Com tanta coisa importante a ser discutida e votada com vistas à melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro, os parlamentares perdem precioso tempo e dinheiro público com um projeto sem nenhum embasamento científico, já que o homossexualismo não é doença. O projeto, no entanto, sugere o contrário. E com base nisso um líder de Movimento Gay, Tony Reis, já entrou com um pedido de aposentadoria por ser gay assumido. Segundo ele, se todos os gays brasileiros pedirem aposentadoria "a Previdência vai quebrar". O mestre em Direitos Humanos Ribamar Fonseca Junior diz sobre o projeto, em seu blog, o seguinte: "Entendo a tentativa de aprovação de um projeto de Lei como este como uma desmoralização para a classe política, que já não é muito acreditada, realçando a necessidade de uma reforma política profunda que possa ser implementada e mudar o rumo do Brasil. Só a admissibilidade desse projeto de lei, de per si, tem a mesma plausibilidade de um projeto de lei que torne obrigatório a colocação de ar condicionado nas praias brasileiras. Santa paciência!!"

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Chega de hipocrisia

Chama-se "rede social" o veículo de convocação da "manifestação espontânea" no país para protestar contra qualquer coisa. Se você não tem nada para fazer venha participar de uma manifestação "espontânea", o novo programa diário no Brasil. Na verdade, o que está acontecendo em nosso país é que as redes sociais estão sendo usadas criminosamente por gente interessada em promover o caos no país. Entre as convocações e orientações veiculadas na internet já tem gente inclusive usando o nome de pessoas famosas para convencer internautas a adotar determinadas atitudes como, por exemplo, orientando as pessoas a cantarem o Hino Nacional de costas para o gramado nos jogos da Seleção Brasileira. E o pior é que tais mensagens são compartilhadas por milhares de pessoas que acreditam que, com tais atitudes, estão contribuindo para a melhoria do país. Um absurdo. Infelizmente existe muita gente de boa fé que vai na onda dessas pessoas inescrupulosas e antipatriotas. Como eu já disse antes, as manifestações de protesto e reivindicações são legítimas mas as pessoas precisam precaver-se contra determinadas mensagens espalhadas como verdadeiros virus na internet. Por outro lado, os organizadores das manifestações devem montar mecanismos que impeçam a ação dos baderneiros, para que o movimento não perca a sua legitimidade. Não basta apenas cartazes pedindo paz ou bandeiras brancas. As ações violentas, com a destruição do patrimônio público e privado e até saques, são obra de bandidos que escondem o rosto com camisas e máscaras. E estes devem ser tratados como tal, ou seja, como bandidos. Embora não se possa aprovar a violência policial, também não se pode aceitar a polícia acuada e fugindo desses bandidos travestidos de manifestantes. Chega de hipocrisia.

terça-feira, 18 de junho de 2013

A quem interessa?

Enquanto o senador Álvaro Dias, líder do PSDB no Senado, interpretava da tribuna da Casa as manifestações populares no país como atos de protesto contra o governo da presidenta Dilma Roussef, os manifestantes paulistas tentavam invadir o Palácio Bandeirantes, sede do governo tucano de Geraldo Alkmin. Enquanto o senador Álvaro Dias, useiro e vezeiro nesse tipo de políticagem, tentava capitalizar politicamente as manifestações, os ativistas de Brasília ocupavam a cobertura do Congresso Nacional do qual ele faz parte e tentavam invadi-lo. Não se tem noticia de tentativa de invasão do Palácio do Planalto ou do Palácio da Alvorada. Na verdade, ninguém sabe exatamente contra o que protestavam os milhares de manifestantes que ocuparam as ruas de 12 capitais, com maior volume em São Paulo e no Rio de Janeiro. Nem mesmo a imprensa brasileira e os correspondentes estrangeiros conseguiram identificar a verdadeira causa das manifestações. Nos primeiros dias o motivo era o aumento do preço das passagens de ônibus mas, depois, o foco ficou difuso e passou a valer tudo, inclusive a corrupção e o custo da construção dos estádios de futebol. Como não existe manifestação espontânea, não há dúvida de que os protestos foram organizados por alguém ou algum grupo ou entidade em todo o país. Não parece difícil chegar a essa conclusão, bastando para isso observar as bandeiras de partidos políticos e os cartazes impressos com as mesmíssimas frases em todos os lugares como, por exemplo, a que diz: “O povo acordou, o povo decidiu; ou para a roubalheira ou paramos o Brasil”. Coincidência? Claro que não, pois até a máscara do conspirador inglês Guy Fawkes, usada por manifestantes em países da Europa, foram afiveladas na cara por manifestantes no Rio e São Paulo. Percebe-se, também, a tentativa de imitar-se, inclusive quanto à violência, as manifestações registradas na Turquia e em países europeus. Havia até cartazes com a inscrição: ”Acabou o amor. Isso aqui vai virar Turquia”. Como eu disse antes, os organizadores perderam o controle e a manifestação que começou pacífica degenerou em violência, com ataques ao prédio histórico da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, ao Palácio Bandeirantes, em São Paulo, a veículos de trabalhadores e ônibus, cenas de barbárie mostradas pela TV. Quem quer apenas protestar não esconde o rosto com a camisa ou com máscaras, como fizeram os baderneiros. Quem vai pagar os prejuízos ao patrimônio público e privado? Parece claro que, afora os que participam das manifestações conscientes do que estão fazendo, a maioria é constituída de inocentes úteis que se transformam em massa de manobra para quem manipula o movimento. Uma jovem chegou a dizer: “Estou aqui participando mas não uso o transporte público”. Mas não é dificil descobrir quem está por trás de tudo. Basta responder à pergunta: a quem interessa a desestabilização do governo?

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Despesas

A "Folha de S.Paulo" está divulgando, em tom de escândalo, as despesas de viagem da presidenta Dilma Roussef ao exterior. Além de criticá-la por se hospedar em hotéis caros, compara as suas despesas aos gastos com o programa "Minha Casa Minha Vida". Agora eu pergunto:o que queriam? Que a presidenta do nosso país se hospedasse em hotéis três estrelas ou em qualquer pardieiro para economizar? Queriam que ela viajasse de teco-teco? Está claro que tais reportagens tem objetivos eleitorais. Até as eleições presidenciais de 2014 qualquer coisa será usada para impedir a reeleição de Dilma, influenciando o eleitorado com supostos escândalos. Já pensaram quanto o presidente americano gasta em suas viagens?

Obama cai

O grampo nos telefones dos americanos derrubou a popularidade do presidente Barack Obama. Pesquisa divulgada nesta segunda-feira revela que a sua aprovação caiu para 45%, oito pontos percentuais menos que a última pesquisa. E a sua reprovação aumentou para 54%. Obama que, durante a campanha eleitoral, criticou muito George Bush por ter implantado o monitoramento das ligações telefônicas no país, acabou fazendo pior, pois além de manter os grampos ainda ampliou o monitoramento para a internet. E o povo americano naturalmente não gostou de ter a sua privacidade invadida.

Novo livro

Estou lançando mais um livro virtual pela Editora In Line, de Portugal: trata-se do "Exilados da Terra", um livro em que abordo as transformações do nosso planeta, que culminarão com a sua elevação a um novo estágio evolutivo, quando a vida será muito melhor. Também falo sobre os perigos de uma guerra mundial e sobre a transferência de espíritos inferiores para um novo planeta. Os interessados podem acessar o site da editora: www.editora-in-line.com, onde encontrarão outros livros meus e de outros autores.

domingo, 16 de junho de 2013

Amazônia esquecida

A Amazônia não tem recebido, de praticamente todos os governos do país, a atenção que merece. Com seus cinco milhões de quilômetros quadrados e de importância estratégica vital para a soberania do Brasil, a região vem sendo ao longo dos anos explorada em suas riquezas naturais sem a devida contrapartida para os seus habitantes, ainda hoje carentes de quase tudo. E como consequência da insipiente presença do Estado nesta imensa área (não fossem os militares e ela estaria inteiramente abandonada) as ONGs - entre elas muitas estrangeiras - vão ocupando os espaços vazios de poder e algumas atuando nocivamente, não apenas na biopirataria mas, também, influenciando fortemente os índios, usados como instrumentos para ações suspeitas que podem comprometer a nossa soberania. É preciso intensificar a fiscalização sobre essas ONGs, sobretudo as estrangeiras, para que depois não choremos pelo leite derramado. O governo, na verdade, precisa dar mais atenção à Amazônia e aos amazônidas para que não seja condenado pelas gerações futuras por seu esquecimento.

Até quando?

Os aposentados e pensionistas do Banco da Amazonia estão vivendo há algum tempo, mais precisamente desde a gestão de Abdias Junior, sob a tensão da espada de Dâmocles sobre a sua cabeça. Com a falência da Caixa de Aposentadoria Complementar do BASA (CAPAF), por culpa da má gestão de alguns administradores mas, principalmente, por culpa do próprio Banco que há anos deixou de repassar a sua contribuição, os velhinhos, que dedicaram toda a sua vida ao estabelecimento oficial de crédito, estão recebendo os seus proventos por força de uma decisão da Justiça do Trabalho. Não fora isso e certamente os velhinhos estariam hoje passando até fome. E essa situação já vem se arrastando há algum tempo em meio ao silêncio comprometedor dos governadores, senadores, deputados federais e estaduais da região amazônica, além da imprensa regional, amordaçada por gordas verbas publicitárias. E a presidenta Dilma Roussef, que tanto fala em programas sociais do seu governo, nunca deu a menor atenção para o problema dos aposentados e pensionistas do BASA, que só não ficaram inteiramente abandonados graças à AEBA (Associação dos Empregados do BASA), AABA (Associação dos Aposentados do BASA), Sindicato dos Bancários do Maranhão e, sobretudo, graças à sensibilidade dos magistrados da Justiça do Trabalho. Até quando?

Ostracismo

Por ter desagradado a chamada Grande Imprensa o ministro Joaquim Barbosa caiu no ostracismo. Endeusado durante o julgamento do mensalão, quando chegou a ser tema de uma reportagem de capa da revista “Veja” como “o menino que mudou o Brasil”, ele começou a ser lançado no esquecimento a partir do momento em que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou a cogitação do seu nome como potencial candidato à Presidência da República. Depois deu mais um passo na direção do ostracismo quando criticou, durante um evento internacional em que foi conferencista, setores da imprensa brasileira por sua parcialidade. E mais recentemente cometeu o erro de votar contra a liminar do ministro Gilmar Mendes que sustou a tramitação, no Senado, de um projeto considerado de interesse do governo. Como agora suas posições não atendem mais o interesse da imprensa tucana, o atual presidente do STF foi esquecido. Em contrapartida, o ministro Dias Tóffoli, antes só lembrado como ex-advogado do PT e, por isso, considerado suspeito no julgamento de determinadas matérias, deverá ganhar maior espaço na mesma mídia por suas novas posições, interessantes para a oposição. E a vida continua...

Excessos

As manifestações populares contra o aumento do preço das passagens de ônibus em várias capitais são legítimas, assim como são legais as ações policiais para manter a ordem. O problema são os excessos, os abusos de ambas as partes que, infelizmente, acabam fazendo vítimas. Não existem manifestações espontâneas como, também, não existem ações policiais aleatórias. No primeiro caso com certeza tem alguém – ou um grupo – organizando e, no segundo, existe um comando. O que se observou nas recentes manifestações em São Paulo, por exemplo, é que os dois lados perderam o controle e, como consequência, houve excessos, com feridos entre populares e policiais e prejuízos para o patrimônio público e privado. Os responsáveis, portanto, de um lado e do outro, devem responder pelos seus atos.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Estranheza

Como a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal votou contra a liminar do ministro Gilmar Mendes que sustou a tramitação, no Senado, do projeto de lei já aprovado pela Câmara Federal que limita o acesso de novos partidos ao Fundo Partidário e ao tempo da propaganda no rádio e TV, a chamada Grande Imprensa fechou-se em estranho silêncio sobre a sessão do STF que julgou o mérito da decisão. A TV noticiou o fato de raspão e os jornalões silenciaram. Certamente o seu comportamento seria diferente se a liminar tivesse sido confirmada, porque eles dão o maior destaque a qualquer notícia que possa beliscar o governo. O julgamento também surpreendeu pelo posicionamento de dois ministros que contrariaram as expectativas: enquanto o presidente da Corte, ministro Joaquim Barbosa, votou contra a liminar, por entender que o Judiciário não deve interferir no funcionamento do Poder Legislativo,o ministro Dias Tóffoli votou pela manutenção da decisão, ou seja, pela suspensão da tramitação do projeto. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, disse nesta sexta-feira que após a votação do Senado a questão deverá voltar ao Supremo. Por sua vez, o professor de Direito da Fundação Getulio Vargas Ivar Hartmann considerou casuista a decisão do ministro Gilmar, afirmando que "não cabe ao Supremo dizer se é casuista ou não determinada votação". Como a posição do Supremo contrariou as expectativas da chamada Grande Imprensa, o assunto deverá ser esquecido até que surja alguma coisa que mexa com o governo.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Vacas sagradas

As vacas estão deixando de ser sagradas na Índia e se transformando em comida, principalmente para os pobres. Cerca de 40 mil vacas que perambulavam pelas ruas de Nova Déli sem serem molestadas, por serem consideradas sagradas, foram sequestradas por gangues que atuam principalmente a noite e levadas para matadouros clandestinos. A carne da vaca sagrada está sendo vendida como carne de búfalo, que não é sagrado, e a polícia indiana tem tido um enorme trabalho, sem muito sucesso, para prender as gangues. A índia se tornou ano passado o maior produtor e exportador de carne de gado do mundo, superando o Brasil. O aumento do consumo de carne no país, que está ameaçando as vacas sagradas, vem mudando os hábitos alimentares tradicionais da sociedade indiana, que até pouco tempo só consumia frutas e legumes. Um indiano declarou:"Depois que a gente prova a carne é impossível voltar a comer só frutas e legumes". Os indianos estão fazendo um caminho inverso ao de outros povos, que estão se esforçando para abolir o consumo de carne vermelha.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Democratrização

Dez anos depois da sua implantação o Bolsa Familia mudou a vida dos brasileiros nas regiões mais pobres do país, ao mesmo tempo em que enfraqueceu a força do coronelismo e abalou a cultura da resignação. Essa a conclusão a que chegaram a socióloga Walquiria Leão Rego e o filósofo italiano Alessandro Pinzani após cinco anos de pesquisas no sertão alagoano e no interior de Minas Gerais, do Maranhão, Piauí e Pernambuco. A pesquisa e as conclusões estão no livro "Vozes do Bolsa Familia" que os dois lançaram nesta terça-feira em São Paulo. Walquiria disse, em entrevista à "Folha de São Paulo", que o Bolsa Familia "é o início de uma redemocratização real do país". Tudo indica que será uma boa leitura, principalmente para aqueles que condenam o programa.

Cassação

Qualquer um que se aproxime do governo Dilma Roussef ou mesmo do PT vira inimigo dos tucanos. O vice-governador Afif Domingos, de São Paulo, por exemplo, que integra os quadros do PSD, virou o alvo predileto dos tucanos paulistas ao ser nomeado ministro da Micro e Pequena Empresa. E foi pedida a cassação do seu mandato de vice-governador. O deputado Cauê Macris (PSDB), relator do pedido de cassação na Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia Legislativa de São Paulo, já deu parecer favorável, recomendando a perda do mandato. Afif, que assumiu interinamente o governo paulista com a viagem do governador Geraldo Alkmin à França, se diz tranquilo porque respaldado num parecer da Advocacia Geral da União. Ele exonerou-se do Ministério para assumir o governo, mas deverá ser nomeado novamente quando Alkmin voltar. A queda-de-braço deverá prosseguir depois que ele voltar para o Ministério.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Dilma lidera

Se as eleições fossem hoje a presidenta Dilma Roussef seria reeleita no primeiro turno com 51% dos votos, segundo o Datafolha. De acordo com a pesquisa, Marina Silva ficaria em segundo lugar, com 16% dos votos; Aécio Neves em terceiro, com 14%; e Eduardo Campos em quarto, com 6%. O tucano José serra ficaria em último lugar, com apenas 1%. A pesquisa revela ainda que se Lula fosse candidato venceria Dilma, com 55% dos votos. A Presidenta Dilma, que se encontra nesta segunda-feira em Portugal, sofreu uma queda nas preferências do eleitorado, mas ainda assim lidera as intenções de voto. A queda foi atribuida à ligeira alta da inflação. Mas o que surpreendeu mesmo foram os 14% do tucano Aécio Neves, que muitos imaginavam estivesse em melhor situação do que Marina Silva. Essa pesquisa certamente vai estimular os partidos à busca de novas estratégias com vistas a uma vitória em 2014.

sábado, 8 de junho de 2013

Obama defende

O presidente Barack Obama defendeu o programa de monitoramento das ligações telefônicas nos Estados Unidos pela Agência Nacional de Segurança e pelo FBI, ressalvando,porém, que os cidadãos americanos estão de fora,pois segundo ele o grampo só atinge os estrangeiros. "Ninguém está ouvindo o conteúdo das ligações", acrescentou. O jornal "Washington Post", no entanto, informou que a Agência de Segurança e o FBI estavam explorando diretamente os servidores centrais de importantes empresas americanas da Internet, tendo acesso a e-mails, fotos, áudios, vídeos, documentos, registros de conexão e outras informações. A Google, Apple, Yahoo e Facebook negaram qualquer participação nessa espionagem, mas o jornal "The Wall Street Journal" noticiou que o governo tem acordos com as empresas telefônicas e, também, com as empresas que operam a Internet. O presidente Obama afirmou que as escutas são legais e contam com o apoio do Congresso americano. Depois disso vai ser dificil acreditar nas pregações democráticas dos Estados Unidos que, está provado, não respeitam a liberdade e a privacidade de ninguém.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Decepção

Se eu fosse eleitor americano teria votado em Barack Obama para a presidência dos Estados Unidos, mas a esta altura já teria me arrependido. Isto porque Obama vem decepcionando. Ao contrário do que prometeu em sua campanha, praticamente não mudou nada do que George Bush deixou, inclusive mantendo em funcionamento até hoje a base militar de Guantânamo, em Cuba, que prometera fechar. O jornal inglês "Guardian" revelou que milhões de pessoas nos Estados Unidos tem suas ligações telefônicas monitoradas pelo governo através da Agência Nacional de Segurança e do FBI, prática executada desde o governo Bush. O governo recebe relatórios diários sobre datas, localização, duração e frequencia dos telefonemas locais, interurbanos e internacionais. O monitoramento é legalizado pelo chamado Ato Patriótico (Patriotic Act) aprovado no governo Bush e mantido no governo Obama. A desculpa é sempre a mesma: o terrorismo. No governo Obama inclusive foram grampeados os telefones da agência de Notícias Associated Press. Isso é que é exemplo de democracia e respeito à liberdade de expressão.

Vistos

A partir de fevereiro do próximo ano os chilenos não mais precisarão de visto para entrar nos Estados Unidos. O anúncio foi feito nesta quinta-feira pelo governo americano. São apenas 37 países no mundo, a maioria europeus, que prescindem do visto e o Chile é o primeiro latino-americano. O Chile, no entanto, teve de aceitar uma série de exigências do governo americano para ter direito a esse regime especial de vistos. Ano passado o número de turistas chilenos que visitaram os Estados Unidos não passou os 200 mil, enquanto o número de brasileiros chegou a 1 milhão e 800 mil. Acredita-se que essa questão será tratada na próxima visita oficial da presidente Dilma Roussef àquele país.

Descaso

Com o título de "Presidente do BASA vem a São Luis e não negocia passivo da CAPAF com o SEEB-Ma", os jornais da capital maranhense publicaram nesta quinta-feira a seguinte notícia: "O presidente do Banco da Amazônia, Valmir Pedro Rossi, está em São Luís acompanhado dos diretores Nilvo Reinoldo Fries e José Roberto de Lima. Eles participam nesta quinta-feira (06/06), às 14h, de uma reunião na Associação Comercial do Maranhão, no Centro de São Luís. Esperava-se que o presidente viesse tratar do déficit da CAPAF - um tema de extrema relevância para o banco, seus empregados, aposentados e pensionistas. No entanto, a alta cúpula do BASA preferiu apenas fortalecer as relações com representantes dos setores produtivos e empresariais do Estado. O Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEB-MA) sequer foi convidado para a reunião, ao contrário de outras entidades sindicais. Vale ressaltar que o evento seria uma excelente oportunidade para o BASA negociar um acordo com SEEB-MA, autor de uma ação já transitada em julgado, que obriga o banco a pagar o déficit da CAPAF. A solução negociada amenizaria o sofrimento dos idosos e demais vinculados ao plano de previdência instituído e patrocinado pelo banco, denominado Plano de Benefícios Definidos (BD). Apesar do descaso do BASA, o SEEB-MA reafirma que está disposto a negociar a fim de resolver definitivamente o problema criado pelo Banco da Amazônia aos beneficiários do plano BD da CAPAF."

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Indios

De repente, explodiram manifestações indígenas articuladas em vários pontos do país, criando tensões que podem degenerar em tragédias. A maior tensão se localiza em Mato Grosso do Sul, mais precisamente no municipio de Sidrolândia, onde uma ação de reintegração de posse da fazenda Buriti, determinada pela Justiça, culminou com a morte de um índio terena, Oziel Gabriel, atingido por um tiro. A situação se agravou agora com o ferimento a bala de outro índio, Josiel Alves, atacado pelas costas na fazenda São Sebastião. O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul, Francisco Maia, alertou para um massacre iminente, pois, segundo ele, os fazendeiros da região estão armados e dispostos a permanecer nas terras. "Vai morrer mais gente", ele disse. A presidente Dilma Roussef disse que leva em consideração as reivindicações dos povos indígenas, mas que "o governo cumpre rigorosamente as leis". A verdade é que a questão da demarcação das terras indígenas precisa ser melhor debatida para que se encontre soluções urgentes para o problema, inclusive alterando critérios, de modo a não prejudicar ninguém. Vale lembrar a questão da demarcação das terras da reserva denominada Raposa Terra do Sol, em Roraima, determinada pelo Supremo Tribunal Federal, que praticamente destruiu a vida de muitos produtores da região. Um general chegou a alertar que aquela imensa região, nas mãos de uns poucos índios, poderia se transformar numa cabeça de ponte para uma velada invasão estrangeira na Amazônia. Para alguns pode parecer fantasia, mas uma CPI de Terras da Câmara Federal, que funcionou em 1965, denunciou que naquela época 20 milhões de hectares de terras da Amazonia já se encontravam em poder de estrangeiros. Cautela e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém.

Nova moda

Vem aí uma nova moda na gastronomia do Brasil: o uso de insetos. Os chefs já estão bolando receitas de pratos com insetos, aproveitando o exemplo de vários países, onde se come cigarras, grilos, besouros, centopéias, formigas, aranhas e escorpiões. A colunista Alexandra Forbes, da "Folha de S.Paulo", disse que comeu, num restaurante do México, percevejos vivos que tinham gosto de maçã verde. Em alguns Estados do Brasil, como Pernambuco, é normal comer a formiga conhecida como "Tanajura", aquela que tem o trazeiro enorme, inclusive fritas com farinha. Portanto, não se espantem quando encontrarem, num restaurante, formigas, grilos ou besouros passeando no seu prato: não será falta de higiene, mas uma nova iguaria.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Jornalismo

O julgamento do soldado Bradley Manning, acusado de vazar informações secretas do governo americano para o wikileaks, está sendo considerado pela mídia mundial como "hipócrita". Em artigo publicado nesta terça-feira pelo jornal "Guardian", de Londres, o jornalista Gary Young disse que "a hipocrisia está no cerne do julgamento". Ele lembrou que graças a Manning o mundo soube que um helicóptero Apache, do exército norte-americano, metralhou e matou no Iraque jornalistas da agência Reuters. Disse ainda que enquanto Manning está preso, ameaçado de ser condenado à prisão perpétua, os pilotos do helicóptero estão livres. "Neste mundo - acentuou - o assassinato não é crime - crime é desmascará-lo e distribuir provas dele". Se não fosse Manning ninguém saberia como os jornalistas foram mortos. O relator da ONU sobre torturas, Ernesto Mendez, denunciou que Manning foi torturado, sofrendo tratamento inumano e degradante. A mídia mundial está cerrando fileiras em torno da defesa do soldado, considerando que "o wikileaks é jornalismo e não ativismo político". O comportamento dos americanos contraría, assim, a sua fama de defensores da democracia e da liberdade de expressão.

Reciprocidade?

A Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco da Amazônia (CASF) está trilhando, ao que parece, o mesmo caminho sinuoso da CAPAF. Embora majorando frequentemente o valor das mensalidades, hoje em patamares absurdos, a CASF não oferece aos associados a devida reciprocidade. Em São Luis, por exemplo, a grande maioria dos médicos não atende os associados da CASF, que não conseguem consulta com algumas especialidades, entre elas dermatologistas, nefrologistas e endocrinologistas. Em compensação, nesta terça-feira a mesma CASF negou-me autorização para um procedimento médico porque um dos meus dependentes estaria inadimplente. Acho que os associados também deveriam deixar de pagar a mensalidade todas as vezes em que não houver médicos para atendê-los. Isso seria reciprocidade.

Pequeno problema

O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva disse, em entrevista ao jornal peruano "La República", que tem um "pequeno problema" com a imprensa brasileira. "Quando critico a imprensa eles dizem que os estou atacando. Mas quando me atacam eles dizem que estão criticando", disse Lula. O ex-presidente lembrou que durante o seu governo nenhum jornal ou TV deixou de receber publicidade. E depois de esclarecer que canal de TV é concessão do Estado, disse que "não se pode usar uma concessão como partido político". Lula foi lançado pelo presidente do Equador, Rafael Correia, como candidato a secretarío geral da UNASUL.

Harmonia

O Executivo e o Legislativo federais parece que se harmonizaram. Depois dos recentes desencontros nas votações de matérias de interesse do Planalto, que evidenciaram  dificuldades nas relações do governo com a base aliada, os presidentes do Senado e da Câmara, Renan Calheiros e Eduardo Alves, respectivamente, tiveram um encontro com a presidente Dilma Roussef, quando os problemas de relacionamento teriam sido solucionados. Renan  sugeriu à Presidenta que substituisse as Medidas Provisórias por projetos de lei, com pedido de urgência, para garantir a sua inclusão imediata na pauta das duas Casas do Congresso e, ao mesmo tempo, permitir maior participação dos congressistas nas decisões do governo. O primeiro teste será  o envio para o Congresso, nos próximos dias, de projeto de lei com o novo Código de Mineração, que antes seria mandado como MP.  Segundo Renan e Alves, o encontro teve o objetivo de restaurar a harmonia entre os dois poderes, ou seja, entre o Executivo e o Legislativo. Agora só falta promover a "harmonização" também entre o Legislativo e o Judiciário, o que certamente vai depender da decisão do plenário do Supremo Tribunal Federal no julgamento, nesta quarta-feira,  da liminar do ministro Gilmar Mendes que sustou a tramitação, no Senado, do projeto que limita o acesso dos novos partidos ao tempo na TV e ao Fundo Partidário.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Mudou?

Desde que se empenhou para ser reeleito, inclusive alterando a Constituição para garantir a sua permanência no Palácio do Planalto, que o então presidente Fernando Henrique Cardoso era apresentado como o "Pai do Plano Real", o homem que acabou com a inflação no Brasil. Ao que parece, porém, o candidato tucano à Presidência da República, Aécio Neves, não pensa assim. Na propaganda partidária na televisão, em que aparece como a única estrela do seu partido - uma evidente estratégia para consolidar a sua candidatura ao Planalto - o ex-governador e senador mineiro diz que o Plano Real é do PSDB. O ex-presidente FHC pela primeira vez deixou de ser apontado como o "Pai do Real" e, surpreendentemente, pelo próprio presidente do seu  partido. Na verdade, todo mundo sabe que o "Pai do Real" foi o ex-presidente Itamar Franco, mas a chamada Grande Imprensa massificou a figura de FHC como o autor do plano para assegurar a sua reeleição. Agora, porém, não há mais necessidade de continuar a mentira.

Mesmos erros

A Seleção Brasileira de futebol continua cometendo os mesmos erros e, por isso, por pouco não perdeu para a Inglaterra no domingo, na reinauguração do Maracanã. O time jogou bem o primeiro tempo, marcando bem e dominando os ingleses, mas esfriou depois de marcar o primeiro gol, recuando, abandonando a marcação e cedendo amplos espaços para os adversários. Resultado: a equipe britânica marcou dois e só não venceu porque Paulinho empatou no finalzinho. A nossa seleção continua pecando por falta de marcação. Outra coisa: creio que já é tempo do Felipão dar um "descanso" para o Julio Cesar,  que não parece muito bem, e dar oportunidade para os reservas. O time precisa manter o mesmo ritmo nos dois tempos se quiser ser vitorioso.

Recurso negado

O juiz Antonio de Pádua Muniz Correia, da 1a Vara do Trabalho do Maranhão, indeferiu o recurso  do Basa/Capaf  contra a indenização do déficit da Caixa. E designou um perito para fazer a pericia contábil do Banco, fixando o prazo de 30 dias para ele apresentar o laudo. O Abdias foi embora e deixou a bomba para o seu sucessor.

sábado, 1 de junho de 2013

Livro

Estou lançando mais um livro, agora pela editora virtual In Line, de Portugal. "Jesus, o Filho do Homem" é o título do livro, fruto de uma pesquisa de mais de 10 anos, no qual abordo a vida de Jesus desde o seu nascimento até a crucificação, os seus ensinamentos, as suas curas, as suas profecias, etc. Questiono, entre outras coisas,  a maneira como foi concebido por Maria, conforme relato de Mateus e Lucas, e procuro explicar  os seus milagres, resultado da manipulação de leis naturais ainda desconhecidas dos homens. Esclareço ainda que o Cristo não veio pagar os nossos pecados na cruz,  como fazem crer algumas religiões, mas ensinar aos homens o cultivo das virtudes e a prática do bem como o melhor caminho para atingir os planos mais elevados da espiritualidade, o reino de Deus. Quem estiver interessado em lê-lo, o endereço da editora é http://www.editora-in-line.com

Má fé

Volta e meia a televisão informa que as operadoras de celular são os maiores alvos de reclamação no Procon.  Eu agora sei bem o motivo. A Vivo ficou me ligando direto para que eu mudasse de plano, acabando por convencer-me sobre as excelências do novo plano. Relutei muito até o momento em que a funcionária me disse que eu poderia voltar para o antigo plano caso não gostasse da mudança. E não gostei mesmo. Eu pagava R$ 37,00 por mes e passei a pagar R$ 60,00. Como não sou ladrão do meu dinheiro liguei solicitando a transferência para o plano antigo e aí começou a enrolação: na primeira ligação, depois de cerca de uma hora, a voz feminina do outro lado informou-me que a transferência estava proibida; fiz nova ligação e a nova atendente, depois também de cerca de uma hora, disse-me que era necessário ligar de outro celular; liguei e, após nova demora, a outra atendente informou-me que só poderia fazer a transferência após 48 horas do pagamento da conta. Perdi praticamente uma manhã nessa brincadeira e voltarei a ligar na segunda-feira, quando já terá passado mais de 72 horas do pagamento.  O governo precisa ser mais duro com essas operadoras, que fazem tudo isso para tentar obrigar o cliente a fazer o que elas querem. Já estou me preparando para bater nas portas da Justiça caso não resolva o problema na segunda-feira.