terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Palhaçada

Os tucanos estão perdendo a credibilidade por falta de seriedade nos seus posicionamentos. Na verdade, ninguém mais está levando a sério, por exemplo, o líder da bancada do PSDB na Câmara Federal, deputado Carlos Sampaio, que pensa que fazer oposição é criticar tudo o que esteja relacionado com o governo. Agora mesmo, depois de criticar a presidenta Dilma Roussef por usar roupas vermelhas, por fazer pronunciamentos no rádio e na televisão e por enviar mensagem de Natal e Ano Novo aos brasileiros, o líder tucano decidiu pedir à Procuradoria Geral da República uma investigação sobre os gastos da Presidenta e comitiva em Portugal, durante a escala técnica em viagem da Suiça, onde participou do Forum de Davos, para Cuba. Segundo os cálculos do parlamentar tucano foram gastos R$ 71 mil, recurso que ele quer sejam ressarcidos aos cofres públicos. Isso já está virando palhaçada, sem nenhuma graça. Com semelhante comportamento Sampaio, ao invés de conquistar, está perdendo votos. E virando motivo de chacota entre os eleitores.

Críticas

O senador Aécio Neves, presidente do PSDB e candidato à Presidência da República, está padecendo do mesmo mal do seu líder na Câmara Federal: sem uma bandeira definida para empunhar nas eleições deste ano, aproveita todos os acontecimentos supostamente desfavoráveis ao governo para criticar a Presidenta Dilma Roussef, acreditando certamente que isso é fazer oposição. Todo santo dia ele pega qualquer gancho para atacar a Presidenta que, na sua opinião, não faz nada certo, ao contrário do que pensa a maioria do povo brasileiro, que tem aprovado o seu governo em todas as pesquisas. Nesta terça-feira o senador mineiro se manifestou favorável às manifestações contra a Copa, mas sem violência. E aproveitou a deixa para criticar a Presidenta de novo pelo atraso nas obras dos estádios. Num regime democrático a crítica é legítima – e necessária – mas ela precisa ser séria e construtiva, pois de outro modo não estará contribuindo para melhorar o país.

Heróis

A recente critica do deputado João Paulo Cunha ao ministro Joaquim Barbosa, a quem acusou de “falta de civilidade” e de fazer “pirotecnicia” no Judiciário, mexeu com os brios do presidente do Supremo Tribunal Federal que,de Londres, onde cumpre a última etapa de suas férias, com diárias pagas pela Corte Suprema, respondeu ao parlamentar petista dizendo que "esse senhor foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal, pelos 11 ministros do STF. Eu não tenho costume de dialogar com réu. Eu não falo com réu”. E acrescentou: “Não faz parte dos meus hábitos, nem dos meus métodos de trabalho ficar de conversinha com réu”. Barbosa também criticou a imprensa brasileira por dar voz aos condenados. "Eu acho que a imprensa brasileira presta um grande desserviço ao país ao abrir suas páginas nobres a pessoas condenadas por corrupção - disse - que devem ficar no ostracismo. Faz parte da pena", afirmou, acrescentando: "Os jornais abrem suas páginas a essas pessoas como se fossem verdadeiros heróis”. O ministro certamente não admite, mas alguns deles, como José Dirceu e José Genoino, por exemplo, são realmente considerados heróis porque lutaram contra a ditadura militar, com o risco da própria vida. E ele? Por onde esteve nesse período?? Além disso a condenação deles foi questionada pelos maiores juristas do país justamente pela falta de provas. Por isso, a condenação não foi levada a sério.

Contraste

Em sua coluna na “Folha de São Paulo” o jornalista Ricardo Melo criticou o “contraste gritante no tratamento destinado” ao processo da AP 470 e ao mensalão tucano. “Enquanto o chamado mensalão petista foi julgado com celeridade (considerado o padrão nacional) e na mesma, e única, instância suprema, o processo dos tucanos recebe tratamento bastante diferente. Doze anos (isso mesmo, doze!) separam a ocorrência do desvio de dinheiro para o caixa da campanha de Eduardo Azeredo (1998) da aceitação da denúncia (2010). Com o processo desmembrado em várias instâncias, os réus vêm sendo bafejados pelo turbilhão de recursos judiciais”, ele disse. Mais adiante, disse o jornalista:“Tome-se o barulho em torno de um suposto telefonema do ex-ministro José Dirceu de dentro da cadeia. Poucos condenam o abuso de manter encarcerado um preso com direito a regime semiaberto. Isso parece não interessar”, afirmou. Ele também menciona “as denúncias relativas à roubalheira envolvendo trens, metrô e correlatos, perpetrada em sucessivos governos do PSDB, que continuam a salvo de uma investigação séria” .Depois disso não há o que acrescentar.

domingo, 26 de janeiro de 2014

Criminosos

Os criminosos mascarados travestidos de manifestantes voltaram a agir em São Paulo no sábado passado, com a violência de sempre, depredando prédios públicos e privados. E, além dos prejuízos causados a bancos e organismos públicos, destruíram o ganha-pão de um pobre serralheiro, um fusca 1975,que foi incendiado com quatro pessoas dentro, inclusive uma criança de 4 anos. O serralheiro Itamar Santos, de 55 anos, usava o velho fusca para fazer entrega dos portões que fabricava e passava próximo da Praça Roosevelt quando foi atacado pelos covardes vândalos. O protesto, se é que se pode classificar tal barbárie de protesto, seria contra a realização da Copa. “Não vai ter Copa”, é o mote usado nas redes sociais para fazer a convocação dos imbecis que comparecem às manifestações e depois reclamam da policia. Foram detidos 146 mascarados que, depois de fichados, foram liberados, o que considero um erro. Eles deveriam passar pelo menos uma semana na cadeia para pagar os prejuízos. Felizmente a esmagadora maioria do povo brasileiro não aprova esse tipo de manifestação e, por outro lado, quer ver a Copa. O que o povo não quer é que haja roubalheira na construção dos estádios. Na verdade, só os maus brasileiros e os imbecis não querem a Copa.

Vergonhoso

Na volta da Suiça, onde participou do Forum Economico de Davos, a presidenta Dilma Roussef fez uma escala técnica em Lisboa, onde permaneceu algumas horas, antes de prosseguir viagem para Havana, para uma visita oficial. O líder do PSDB no Senado, senador Álvaro Dias, disse que vai inquirir a Presidência da República para saber o que Dilma foi fazer em Portugal. “Se a Presidenta não tinha compromissos oficiais em Lisboa não tem como justificar esse turismo com dinheiro público, que deve ser restituído aos cofres públicos” – ele disse. Os tucanos, pelo visto, estão tão desesperados diante da perspectiva de derrota nas eleições presidenciais de outubro que usam qualquer coisa para criticar a Presidenta. Ninguém se espante se a qualquer momento o líder tucano questionar o volume de papel higiênico usado no Palácio da Alvorada. Mais vergonhoso do que o comportamento do senador paranaense, no entanto, é o da mídia, dando espaço para tanta bobagem durante o recesso do Congresso...

sábado, 25 de janeiro de 2014

Confissão?

Em sua palestra na última sexta-feira para cerca de 200 juristas e acadêmicos em Paris, onde se encontra de férias, o ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, disse que a superexposição dos ministros durante as transmissões ao vivo contamina os julgamentos da corte. De acordo com a “Folha de São Paulo”, ele disse ainda que as transmissões reforçam a transparência ao permitir que os cidadãos exerçam um controle mais eficaz sobre as atividades da corte, mas isso favorece a falta de objetividade dos magistrados. E acrescentou:"A individualidade prevalece sobre o colegiado e nós não sabemos exatamente que fundamentos basearam as decisões". A palestra do presidente do STF teve como tema a influência da publicidade sobre a racionalidade das decisões tomadas pelo STF. Na oportunidade ele afirmou que o fenômeno da superexposição "repercute na maneira como certos ministros deliberam e sobre o conteúdo de algumas decisões". Parece não haver dúvidas de que o ministro Barbosa falou sobre ele mesmo, já que a sua superexposição na mídia, além de mexer com a sua vaidade, praticamente transformou-o num pop star, o que certamente motivou o seu convite para a palestra em Paris. Portanto, a julgar por suas próprias palavras, a sua superexposição influenciou as suas decisões. Soa como uma grave confissão.

Justiça

O advogado José Luis Oliveira Lima, defensor do ex-ministro José Dirceu, decidiu recorrer ao Supremo Tribunal Federal na próxima segunda-feira contra a decisão da Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal de suspender, por 30 dias, o pedido de trabalho do ex-ministro e pedir a reabertura da investigação sobre o suposto uso de celular dentro do presídio da Papuda. A decisão, segundo o advogado, não tem fundamento jurídico e presta-se apenas para protelar a regularização do regime semiaberto. Depois de dizer que “a investigação é descabida”, o advogado José Luis Oliveira Lima afirma que “a VEP não tem competência legal para determinar sindicância contra o meu cliente, mas sim o diretor do presídio, que determinou a investigação e concluiu pela improcedência dos fatos”. A decisão do juiz Bruno Ribeiro, da VEP do Distrito Federal, evidencía mais uma vez o direcionamento da Ação Penal 470 contra o petismo, escolhendo como alvo principal o ex-ministro José Dirceu, condenado sem provas e o único que continua preso em regime fechado e sem autorização para trabalhar. Caberá ao ministro Ricardo Lewandowski, presidente em exercício do STF, decidir sobre o recurso do advogado de Zé Dirceu. E tudo indica que desta vez a Justiça realmente fará justiça.

Ainda o "rolezinho"

A pesquisa Datafolha, que revelou que mais de 80% dos paulistanos são contra os “rolezinhos” nos shoppings, parece que não teve nenhum significado para aqueles que continuam insistindo em “preconceito”, “racismo” e agora, também, “apartheid”. O senador Cristovam Buarque, do PDT, entrou no bloco dos que olham esse movimento por esta ótica. E, em artigo publicado neste sábado, diz que “graças à internet, os rolezinhos desnudam o sistema de apartação implícita, sem leis”. Prossegue: “Quem não quiser conviver com os shoppings ou com as redes sociais deverá mudar de planeta ou viajar para o passado”. E acrescenta: “Daqui para frente, os shoppings existirão e terão um papel positivo no conforto social, mas a “guerrilha cibernética” é uma realidade com a qual vamos conviver. Ou assume-se a segregação explícita, ou promove-se a miscigenação social”. O senador pedetista esquece que a segregação social implícita existe no mundo inteiro, inclusive em países considerados exemplos de democracia como os Estados Unidos, mas não se pode acusar os shoppings de “apartheid” apenas porque buscam defender-se diante da ameaça representada por centenas de pessoas – sejam jovens ou adultos, pretos, brancos, amarelos ou azuis, pobres ou ricos – que chegam em bandos organizados. Até antes de alguém inventar essa história de “rolezinhos”, todas as pessoas, de qualquer raça ou condição social, sempre tiveram acesso aos shoppings, fazendo o seu “rolezinho” individual sem qualquer problema. Percebe-se, sem muita dificuldade, que querem fazer dos “rolezinhos” o mesmo que fizeram com as manifestações de rua do ano passado. Infelizmente.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

De novo?

Os vândalos mascarados, travestidos de manifestantes, voltaram a promover o caos na noite de quinta-feira, desta vez em Porto Alegre, depredando prédios públicos e privados com uma fúria inexplicável. E tudo isso estranhamente sob as vistas complacentes da policia, conforme a TV Globo mostrou em seu jornal do meio dia. Tudo começou com um protesto de motivação confusa, contra os jogos da Copa e contra um aumento das passagens de ônibus que ainda nem aconteceu. É lamentável observar-se que maus brasileiros, na verdade completos imbecis, se empenhem numa atuação criminosa contra o país, enquanto a presidenta Dilma Roussef se esforça para atrair novos investimentos em Davos. Será que os organizadores desses movimentos pensam que com isso estão ajudando o país?? A julgar por recentes declarações do jogador Raí, que confessou seu apoio a essas manifestações violentas, certamente é exatamente isso o que eles imaginam. Sem dúvida são dignos de pena...

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Ilegal

O programa de espionagem da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, revelado pelo ex-agente Edward Snowden, é ilegal e viola o direito à privacidade. Essa a conclusão da comissão nomeada pelo Congresso norte-americano para investigar as atividades da NSA. Segundo o relatório, a agência incorreu em várias ilegalidades e tem pouco ou nenhum valor para a luta contra o terrorismo. O documento, que tem 238 páginas e ficou de ser entregue nesta quinta-feira ao Congresso, diz a certa altura que "com base nas informações fornecidas ao painel, incluindo briefings classificados e documentação, não identificamos uma única situação envolvendo ameaça aos Estados Unidos em que o programa tenha tido efeitos concretos no resultado de uma investigação de contraterrorismo". Como se recorda, depois da resolução da ONU apresentada pelo Brasil e Alemanha contra a espionagem da NSA, o presidente Barack Obama disse que aprovou uma mudança na atuação da agência que, a partir de agora, não mais espionaria os países aliados. O difícil, porém, será reconquistar a confiança das vítimas da bisbilhotice...

Rolezinho pago

O clima de animosidade que já havia sido detectado entre os ministros do Supremo Tribunal Federal, como conseqüência do comportamento do seu presidente, ministro Joaquim Barbosa, ficou mais tenso depois que ele, de férias na Europa, criticou os seus colegas Carmem Lucia e Ricardo Lwandowski porque não assinaram o mandado de prisão do deputado João Paulo Cunha. Barbosa inclusive acusou os colegas de terem concedido mais um mês de liberdade para o deputado petista. Os ministros comentaram que se ele interrompeu as férias para dar palestras em Paris também poderia fazê-lo para terminar o que começou. E estranharam a sua preocupação com João Paulo Cunha, uma que vez que “se cala sobre o também condenado Roberto Jefferson, que continua livre, leve e solto”. O advogado do parlamentar petista, Alberto Toron, comentou: “Ele (Barbosa) deixou de cumprir o seu dever e agora põe a culpa nos seus colegas. É o fim da picada. Enquanto isso ele dá confortavelmente o seu rolezinho em Paris”.

Cara-de-pau

“O mensalão mineiro foi APENAS caixa dois, diferente do mensalão do PT, com a compra sistemática de apoio ao governo no Congresso”. Quem disse foi o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que, mais uma vez, mostra a sua envernizada cara-de-pau, pensando certamente que o povo não tem memória e já esqueceu a compra de votos, promovida pelo seu governo no Congresso, para a aprovação da emenda da reeleição. Ele disse, também, negando o que a imprensa noticia todos os dias, que não há prova sobre o envolvimento de elementos do seu partido, o PSDB, no propinoduto do cartel do metrô paulista. E foi mais além: disse que torce por qualquer candidato que derrote a presidenta Dilma Roussef, o que se revela uma clara confissão da sua fraqueza política para vencê-la. Sem votos, o jeito é torcer...

Sabio

O povo é sábio mesmo. Segundo pesquisa do Datafolha, 82% dos paulistanos condenaram os “rolezinhos” nos shoppings e 80% acham que os lojistas estão certos ao buscarem na Justiça a proibição para os eventos. E mais, 73% acham que a policia deve ser acionada para impedir os bandos de entrarem. Ainda segundo o Datafolha, 72% acham que não há preconceito de cor na atitude dos donos dos shoppings. A pesquisa confirmou o que eu já havia dito neste blog, evidenciando o bom senso do povo. Agora eu só queria ver a cara dos que defenderam os “rolezinhos”, chegando a ver, na atitude dos lojistas, preconceito, racismo e outras bobagens.

Vesguice

Em entrevista à “Folha de São Paulo” o ex-jogador Raí, de grande sucesso na Seleção Brasileira, revelou que apoiou as manifestações de rua de junho do ano passado e está torcendo para que elas voltem a ocorrer durante a Copa. Mais surpreendente ainda foi a justificativa para essa posição: segundo ele, as manifestações servirão para que o exterior veja de maneira diferente o Brasil, considerando ponto positivo a exposição dos problemas do país ao resto do mundo, que não os conhece. E daí? Onde é que está o lado bom disso?? Pelo visto o craque ficou vesgo ou maluco. Seu irmão, Sócrates, se vivo fosse, certamente puxaria a orelha dele...

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Bobagem???

Em Paris, onde se encontra, o ministro Joaquim Barbosa respondeu às críticas sobre o recebimento de diárias pagas pelo Supremo Tribunal Federal, mesmo estando de férias. “Acho isso uma tremenda bobagem”, ele disse. "Eu acho isso uma coisa muito pequena. Veja bem, você viaja para representar o seu País, para falar sobre as instituições do País, e vocês estão discutindo diárias", continuou Joaquim Barbosa. E, dando vazão à sua vaidade, questionou: "Quando na história do Brasil o presidente do poder judiciário teve as oportunidades que eu tenho de viajar pelo mundo para falar sobre um poder importante da República?" Depois de dizer que não assinou o mandado de prisão do deputado João Paulo Cunha por “falta de tempo hábil“, o presidente do STF criticou os seus colegas Carmen Lucia e Ricardo Lewandowski, seus substitutos eventuais, por não terem assinado o mandado, “concedendo com isso mais um mês de liberdade para o condenado”. Pergunta-se: E quanto tempo de liberdade ele está concedendo ao ex-deputado Roberto Jefferson?? Só muito óleo de peroba...

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Prescrito

Um dos acusados no chamado mensalão mineiro, o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia, teve prescrito os seus crimes e extinto, por decreto da Justiça de Minas Gerais, a sua punibilidade. Ele foi acusado de participar do esquema de desvio de dinheiro público em 1998 para a campanha do deputado federal Eduardo Azeredo, do PSDB, ao governo de Minas. A juíza Neide da Silva Martins, da 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte, entendeu que as acusações de peculato e formação de quadrilha prescreveram em 2012, quando Mares Guia completou 70 anos. A denúncia contra Mares Guia foi recebida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2009. No entanto, a Corte decidiu que apenas réus com foro privilegiado responderiam às acusações no STF, e determinou o desmembramento do processo para que 14 envolvidos respondessem às acusações na Justiça de Minas Gerais. Após o desmembramento, somente Eduardo Azeredo e o senador Clésio Andrade (PMDB-MG), então candidato a vice-governador, são processados no STF. Como é fácil perceber o Supremo não adotou a mesma atitude no caso do chamado mensalão petista, julgando todos os acusados, embora apenas quatro tivessem direito a foro privilegiado. Escandalosos dois pesos e duas medidas.

Carta dos bispos

Treze bispos do Maranhão divulgaram uma “carta aberta ao povo de Deus” convocando os fiéis para uma “caminhada silenciosa” em defesa da vida em São Luis, no próximo dia 2 de fevereiro, e criticando severamente o governo de Roseana Sarney. Depois de abordar a violência que culminou com o assassinato de detentos na penitenciária de Pedrinhas e a morte da menina Ana Clara, queimada num ônibus, os bispos dizem na carta que “a nossa sociedade está se tornando cada vez mais violenta. É nosso parecer que essa violência é resultado de um modelo econômico-social que está sendo construído.A agressão está presente na expulsão do homem do campo; na concentração das terras nas mãos de poucos; nos despejos em bairros pobres e periferias de nossas cidades; nos altos índices de trabalhadores que vivem em situações de exploração extrema, no trabalho escravo; no extermínio dos jovens; na auto-destruição pelas drogas; na prostituição e exploração sexual; no desrespeito aos territórios de indígenas e quilombolas; no uso predatório da natureza”. E continua:”Esta cultura da violência, aliada à morosidade da Justiça e à ausência de políticas públicas, resulta em cárceres cheios de jovens, em sua maioria negros e pobres. O nosso sistema prisional não reeduca estes jovens. Ao contrário, a penitenciária transformou-se em uma universidade do crime. Não nos devolve cidadãos recuperados, mas pessoas na sua maioria ainda mais frustradas que veem na vida do crime a única saída para o seu futuro.”. E acrescentam: “Vivemos num Estado que erradicou a febre aftosa do gado, mas que não é capaz de eliminar doenças tão antigas como a hanseníase, a tuberculose e a leishmaniose.É verdade que a riqueza no Maranhão aumentou. Está, porém, acumulada em mãos de poucos, crescendo a desigualdade social. Os índices de desenvolvimento humano permanecem entre os mais baixos do Brasil.” Os bispos concluem, na carta, dizendo, que “não é este o Estado que Deus quer. Não é este o Estado que nós queremos! “

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Propinoduto

Um documento encontrado no escritório da Alstom na França confirma, segundo a “Folha de São Paulo”, o esquema de propinas no metrô paulista durante os governos tucanos de Mario Covas, Geraldo Alkmin e José Serra. O jornalista Josias Souza, da “Folha”, manifestou sua estranheza pelo fato dos tucanos fingirem que não sabiam de nada. E o jornal digital “Brasil 247” levanta a suspeita de que o dinheiro arrecadado pelas propinas tenham contribuído para o Caixa Dois que financiou a campanha da reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso. Na íntegra eis a matéria do “Brasil 247”: “Foi encontrada na França uma nova prova de que Alstom pagou propina a agentes públicos na gestão de Mario Covas (PSDB), em 1998. Segundo a Folha de S. Paulo, um documento apreendido na sede da empresa indica que integrantes da Secretaria de Energia e três diretorias da EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia) foram subornados para que a companhia obtivesse um contrato de US$ 45,7 milhões (R$ 52 milhões, em valores da época). No momento da assinatura do contrato, o secretário de Energia era Andrea Matarazzo. Ele nega ter recebido propina. No entanto, o documento reforça tese da Polícia Federal, baseada em informações do Ministério Público da Suíça, que já citava como evidência para indiciar Matarazzo uma troca de mensagens de 1997 em que executivos da Alstom discutiriam o pagamento de vantagens para o PSDB, a Secretaria de Energia e o Tribunal de Contas. Segundo o procurador Rodrigo de Grandis, a mensagem que incriminaria Matarazzo se refere a um contrato de R$ 72 milhões para fornecimento de equipamentos para a EPTE, empresa que era controlada pelo Estado e que mais tarde foi privatizada. Segundo o novo documento, a Secretaria de Energia recebeu 3% do contrato (R$ 1,56 milhão). Já as diretorias financeira, administrativa e técnica da EPTE aparecem como destinatárias de 1,5% (R$ 780 mil), 1% (R$ 520 mil) e 0,13% (R$ 67,6 mil), respectivamente. O Ministério Público de São Paulo pedirá a dissolução da multinacional francesa Alstom no Brasil em razão do propinoduto nos trens. Os promotores dizem ter provas suficientes para demonstrar o pagamento de propina aos políticos, como a quebra de sigilo bancário de contas secretas que a Alstom mantinha na Suíça, que mostra que a empresa abasteceu outras contas das quais saíram pagamentos para Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. A Alstom também fez transferências para uma empresa do consultor Romeu Pinto Jr., que já confessou à polícia que não prestou serviço algum à multinacional francesa e na verdade recebeu valores para pagar propinas. De acordo com denúncias publicadas pela revista Veja e a Folha de S. Paulo, parte desse dinheiro foi usado na contabilidade paralela do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na disputa presidencial de 1998. A planilha com o caixa dois foi montada pelo ex-tesoureiro de campanha Luiz Carlos Bresser Pereira, que confirmou o papel de Matarazzo na arrecadação extraoficial."

Finalmente

Até que enfim alguém no Senado teve coragem para dizer algumas verdades ao ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal, que se encontra atualmente em férias pela Europa. O senador Roberto Requião, do PMDB do Paraná, disse em seu twitter que “todo paladino da justiça é um Demóstenes enrustido”, referindo-se ao ex-senador goiano que, considerado pela revista “Veja” como um dos “mosqueteiros da ética” devido ao hábito de apontar o dedo para supostos corruptos, teve o mandato cassado por suas ligações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. O senador disse também que “a multa do Genoino vai ajudar a pagar as diárias de Sua Excelência, o ministro”. E comentou: “Convidado para palestras nosso Joaquim provavelmente teve cachê, alimentação e passagem paga por quem o convidou. Por que, então, as diárias?” O ministro, como se recorda, recebeu R$ 14 mil de diárias, embora de férias. Uma pergunta ficou no ar: será que Requião está refletindo a posição da maioria dos senadores??

Multa

O site de José Genoino arrecadou mais de R$ 700 mil, valor superior à multa de R$ 667 mil imposta pela Justiça ao ex-parlamentar condenado no julgamento do chamado mensalão. Segundo o advogado do petista, o excedente arrecadado será doado ao Fundo Penitenciário Nacional, destinado à construção, reforma e ampliação de prisões no país. As doações a José Genoino, para pagamento da multa, foram interpretadas como uma resposta do povo brasileiro às decisões passionais do ministro Joaquim Barbosa. Faz sentido.

domingo, 19 de janeiro de 2014

Rolezinho??

Depois da moda das manifestações de rua do ano passado, em que vândalos mascarados promoviam a destruição de patrimônios públicos e privados - com direito a calendário das manifestações publicado pela chamada Grande Imprensa – a moda agora é o chamado “rolezinho”, um novo movimento articulado através das redes sociais, com nítido componente político, para provocar o caos no país em ano eleitoral. E o mais grave: a grande maioria dos formadores de opinião, incluindo blogueiros, embarcou nessa onda, acusando os shoppings de “preconceito” e “racismo” porque querem impedir os inocentes “rolezinhos”, na verdade verdadeiros arrastões que causam prejuízos a todo mundo, inclusive aos trabalhadores das lojas. Engrossando o coro de vozes dos que, com uma visão vesga, enxergam repressão na tentativa de impedimento dos “rolezinhos” inocentes nos shopings, o psiquiatra Eliseu de Oliveira disse a um jornal que “o movimento busca o reconhecimento da liberdade de freqüentar shoppings”. Quanta bobagem! Nunca vi nenhum shopping impedir a entrada de qualquer pessoa negra ou com aparência de pobre ou mesmo ser seguida por seguranças. No momento, porém, em que as pessoas se organizam – sejam negras, pobres ou ricas – para entrar num shopping ou qualquer outro prédio público ou privado em bandos, às centenas, deixou de ser um “rolezinhio” para ser um arrastão e os proprietários tem todo o direito de defender seu patrimônio. Talvez por isso a convocação, através das redes sociais, para um “rolezinho” neste final de semana nos shoppings do Rio de São Paulo redundou em fracasso. Pensar de modo diferente é burrice ou atitude deliberada para lançar lenha na fogueira.

Desespero??

A oposição, diante das pesquisas de intenção de voto no pleito para a Presidência da República, parece que está entrando em desespero à medida em que se aproxima a data das eleições. Depois de pedir a decretação da inelegibilidade da presidenta Dilma Roussef por ter manifestado pela televisão votos de feliz ano novo aos servidores públicos, o que considerou “propaganda antecipada”, o PSDB resolveu agora representar novamente contra a Presidenta, junto ao Tribunal Superior Eleitoral, sob a alegação de que a reforma ministerial que ela pretende fazer a partir deste mês de janeiro é “crime eleitoral”. Segundo os tucanos, o objetivo de Dilma ao trocar os ministros é ampliar o seu tempo de propaganda eleitoral na televisão. A informação é do blogueiro Gerson Camarotti, que entrevistou alguns tucanos de alta plumagem. Depois disso a gente chega à seguinte conclusão: ou os tucanos ficaram malucos ou estão desesperados diante das perspectivas de derrota nas eleições de outubro. Desde quando trocar auxiliares é crime eleitoral???

Esperança

O ministro Ricardo Lewandowski deve assumir nesta segunda-feira, interinamente, a presidência do Supremo Tribunal Federal, em substituição ao ministro Joaquim Barbosa, que curte férias na Europa. Segundo alguns veículos de imprensa, a presença de Lewandowski no comando do STF reacende as esperanças de que a partir desta segunda-feira se começará a fazer efetivamente justiça no Supremo, resgatando a imagem da Corte, profundamente desgastada com a atuação passional do ministro Barbosa. Creio, no entanto, que o ministro Lewandowski não poderá fazer muito enquanto for presidente interino. Somente após assumir o cargo como titular, em março próximo, é que poderá efetivamente fazer as correções de rumo que a sociedade brasileira está reclamando.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Espionagem

O presidente Barack Obama prometeu nesta sexta-feira, em discurso na Casa Branca, não mais espionar os governos dos países aliados. Como conseqüência da pressão exercida pelos governos do Brasil e da Alemanha, através de resolução aprovada pela Organização das Nações Unidas, Obama aprovou novas diretrizes para a espionagem realizada pelos Estados Unidos que, segundo ele, a partir de agora só terá “objetivos legítimos de segurança nacional”. A certa altura da sua fala o presidente norte-americano disse que “o risco de excesso se tornou mais agudo porque a tecnologia avançou mais rapidamente do que a regulamentação do seu uso” , o que, obviamente, não se justifica. E não perdeu a oportunidade de jactar-se de que “a capacidade dos Estados Unidos é única e há cada vez menos limites do que o país pode fazer”. Ainda assim pediu um voto de confiança dos cidadãos com a promessa de que não mais serão espionados. Apesar da promessa, vai ser muito difícil reconquistar a confiança dos países que foram alvos de espionagem, inclusive dos próprios cidadãos americanos, sobretudo depois de afirmar que praticamente não existe limites para a capacidade de bisbilhotice dos Estados Unidos.

Palhaçada

O Conselho Federal de Biblioteconomia enviou documento ao Supremo Tribunal Federal manifestando-se contra a concessão de um emprego ao ex-ministro José Dirceu na biblioteca particular do advogado Gerardo Grossi. Um dos condenados no processo do chamado mensalão e preso na penitenciária da Papuda, em Brasilia, por determinação do ministro Joaquim Barbosa, Dirceu recebeu um convite do advogado Gerardo Grossi para trabalhar em sua biblioteca particular, com salário de R$ 2.100, mas a entidade dos biblioteconomistas, em nota divulgada recentemente, afirmou que “o exercício da profissão de bibliotecário é privativo do bacharel em Biblioteconomia”. E ameaçou ir ao Supremo contra o emprego de Dirceu, o que fez nesta sexta-feira. A posição da entidade é uma palhaçada, porque o dono de uma biblioteca emprega quem ele quiser, sem ter de dar satisfação a quem quer que seja. A obrigatoriedade do diploma de bacharel em Biblioteconomia só vale para bibliotecas públicas. E os dirigentes da entidade deveriam saber disso. O fanatismo político, no entanto, consegue obliterar a visão de muita gente.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Pedofilia

O representante do Vaticano no Comitê da ONU para os Direitos da Criança, monsenhor Silvano Tomasi, disse nesta quinta-feira que não há desculpas para o abuso sexual de crianças por parte de membros do Clero. E não há mesmo. O Papa Francisco já criou uma comissão para investigar os crimes sexuais cometidos por sacerdotes católicos pedófilos e prometeu puni-los. Já era tempo. O atual Sumo Pontífice, pelo visto, deverá punir também aqueles que, até hoje, se esforçaram para esconder e proteger os pedófilos em todo o mundo, os quais continuam impunes. Com essa atitude, entre outras, o Papa argentino marca positivamente a sua presença no pontificado, escrevendo um novo capítulo na história da igreja católica.

Sem efeito

O senador Aécio Neves, candidato tucano à Presidência da República, se transformou no mais assíduo e feroz crítico do governo da presidenta Dilma Roussef. Ele aproveita qualquer coisa para, todos os dias, atacar o governo petista. De acordo com as suas declarações diárias o país, sob o governo do PT, vai muito mal. Nesta quinta-feira criticou o programa “Mais Médicos, mesmo dizendo que pretende mantê-lo, caso eleito. O senador mineiro, obviamente, está convencido de que com essa estratégia conquistará os votos de que precisa para chegar ao Palácio do Planalto. Tal estratégia, porém, poderá produzir um efeito contrário ao que espera, pois aqueles que estão satisfeitos com governo, beneficiados com os seus programas, certamente não acreditarão em seu discurso. Basta uma olhadela nas pesquisas para perceber que o discurso do senador tucano não está funcionando...

Esquisito

Mesmo de férias o ministro Joaquim Barbosa ganhou diárias de R$ 14 mil para fazer duas palestras na Europa. A informação é do jornalista Felipe Recondo, de “O Estado de São Paulo”. A pergunta que todo mundo faz é: servidor público de férias tem direito a diárias?? Ano passado, quando a imprensa revelou que o ministro Barbosa havia viajado para o Rio, com passagens pagas pelo Supremo, para assistir a um jogo da seleção brasileira, a assessoria da Corte distribuiu nota informando que ele reside no Rio e, portanto, tem direito a passagens fornecidas pelo Tribunal. Ocorre que a Constituição Federal determina que os juízes são obrigados a residir na sede da comarca, ou seja, ministros do Supremo devem morar em Brasilia, sede da Corte. E ninguém disse nada. O Senado, que tem entre as suas atribuições constitucionais a de julgar os membros do Supremo, ficou em silêncio, omitiu-se. Medo ou negligência??

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Mudanças

A deputada Luiza Erundina, do PSB paulista, apresentou na Câmara Federal proposta de Emenda Constitucional para mudanças no Supremo Tribunal Federal. Entre outras coisas ela propõe que o STF trate exclusivamente de matérias constitucionais, que o número de ministros seja elevado de 11 para 15, que eles sejam indicados por listas tríplices elaboradas pelo Conselho Nacional de Justiça, pelo Conselho Nacional do Ministério Público e pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, e que sejam nomeados pelo presidente do Congresso Nacional. A PEC será encaminhada à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. A proposta é o primeiro sinal de que os parlamentares estão pensando em meter o dedo na Corte Suprema, mas ainda não atende aos anseios do povão.Acho que o ideal mesmo seria que os ministros fossem aprovados em concurso público ou, caso continuem nomeados sem concurso, que tenham mandato como os membros dos poderes Executivo e Legislativo. Nada de vitaliciedade. Talvez assim, sem essa perpetuidade, alguns se tornem realmente magistrados.

Sem máscaras

A ex-ministra Eliana Calmon, que conquistou notoriedade ao afirmar, como corregedora do Conselho Nacional de justiça, que o Judiciário tinha muito “bandido de toga”, agora mudou o discurso como candidata ao Senado pelo PSB baiano. Ela iniciou a sua campanha classificando a legislação eleitoral de “esquisita” porque, na sua opinião, beneficia a presidenta Dilma Roussef e o ex-presidente Lula, que fazem propaganda sem serem punidos. A ex-corregedora do CNJ, agora política, faz vista grossa para as decisões mais que “esquisitas” do ministro Joaquim Barbosa, que atropela a própria Justiça para satisfazer suas antipatias partidárias. E, seguindo a estratégia oposicionista, assesta suas baterias para o Planalto. A eleição deste ano, pelo visto, vai fazer com que magistrados, que antes aparentavam isenção política, revelem suas preferências partidárias. Sem surpresas...

Beneficiários

Provavelmente por não ter projetos ou coisa melhor para fazer no Senado, onde é líder da bancada do PSDB, o senador Álvaro Dias criticou o site criado para receber doações destinadas a pagar a multa de R$ 667 mil, imposta pela Justiça ao ex-deputado José Genoíno, um dos condenados no chamado mensalão. Segundo ele, “o site tem o objetivo de esconder que quem realmente vai pagar essa multa é o PT, maior beneficiário do mensalão”. Somente nos dois primeiros dias da campanha, segundo o jornal “Folha de São Paulo”, já foram arrecadados mais de R$ 200 mil. O senador tucano, a julgar por esse raciocínio, também deve pensar que o mensalão mineiro beneficiou o PSDB.

Partidarismo

O partidarismo na Justiça, inaugurado pelo ministro Joaquim Barbosa, está sendo seguido à risca pelas instâncias inferiores: o juiz Bruno Ribeiro, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, autorizou o ex-tesoureiro do PL, Jacinto Lamas, um dos condenados no julgamento do chamado mensalão, para trabalhar fora da prisão. Até o momento, porém, não tomou nenhuma decisão sobre o pedido de autorização do ex-ministro José Dirceu, também condenado no mensalão, para trabalhar na biblioteca do advogado Gerardo Grossi. Esse juiz, como se recorda, substituiu o juiz Ademar Vasconcelos, que é titular da Vara, por pressão do ministro Barbosa. Vasconcelos, aliás, acaba de pedir sua remoção para Planaltina, onde iniciou sua carreira, certamente decepcionado com o Tribunal de Justiça do Distrito Federal, que se curvou à pressão do presidente do STF.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Intervenção??

O fim de semana registrou em São Paulo 13 assassinatos e sete ônibus queimados. A chacina aconteceu em Campinas, a segunda maior cidade paulista, após a morte de um policial militar. Três ônibus foram queimados lá e 4 na capital. E agora? Será que alguém vai pedir intervenção federal em São Paulo?? Ou intervenção só é válida para Estados do Nordeste? Como se comportará a “Folha de São Paulo” que, em editorial, pediu intervenção no Maranhão? Como é fácil de perceber, os acontecimentos atropelam as hipocrisias, deixando à mostra as vísceras da chamada Grande Imprensa, que aproveita qualquer fato para tirar uma lasquinha do governo do PT e de seus aliados. Todos devem ter o direito de opinar, em especial numa democracia como a nossa, mas é preciso ser honesto em suas posições. Sem isso não há credibilidade.

Prestando contas

Após seis anos em coma, morreu Ariel Sharon, um dos líderes mais importantes da história de Israel. Por suas atitudes, especialmente no que diz respeito à hostilidade em relação aos palestinos, ele se tornou um homem polêmico, amado por uns e odiado por outros, dentro e fora da região. Para quem acredita que a vida não termina com a morte do corpo físico, a esta altura ele deve estar prestando contas no Além de suas ações belicosas, que contrariam a recomendação de Jesus: “Amai os vossos inimigos”.

Bola de ouro

O atleta português Cristiano Ronaldo foi eleito , no certame promovido pela Fifa, o melhor jogador do mundo em 2013, recebendo a Bola de Ouro. Sem dúvida foi uma escolha justa porque o jogador português, natural da Ilha da Madeira, não apenas foi o maior goleador da temporada como, também, sua presença foi decisiva para a vitória do seu time nos jogos dos quais participou. Por sua vez, Pelé, o maior jogador de todos os tempos, também foi homenageado no evento, emocionando-se como Cristiano Ronaldo. Ambos choraram.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Até quando??

Segundo os jornais a atuação do ministro Joaquim Barbosa criou um clima de mal-estar entre os seus colegas do Supremo Tribunal Federal. Pelo menos três ministros ouvidos pela imprensa, sem se identificar, criticaram o comportamento do presidente da Corte, que abusa do seu poder e sequer se preocupa em disfarçar suas preferências políticas. Não deixa de ser estranho, no entanto, que não tenham se manifestado nas sessões da Corte Suprema, aprovando silenciosamente suas decisões ditatoriais. Aparentemente intimidada pelo seu presidente ou pela pressão da mídia, a maioria dos membros do STF tem se mantido calada diante dos seus atos. E como quem cala consente, tem-se a impressão de que ele tem o apoio do colegiado quando age com parcialidade, por exemplo, na prisão dos condenados no chamado mensalão. Até quando?

Solução??

De repente surge no país um coro de vozes pedindo intervenção no Maranhão por conta da violência no presídio e nas ruas de São Luis, registrado recentemente. Para mim a intervenção é indiferente, pois em nada me afeta, mas me surpreende o alarido, que não observei por ocasião de idêntica violência em vários Estados, especialmente no Rio e São Paulo, onde não apenas foram registradas mortes e incêndio de ônibus mas, também, depredação de prédios públicos e privados. Não me surpreendo, porém, com a agressão ao Maranhão dos “maria-vai-com-as-outras” que infestam a mídia e as redes sociais, acompanhando sempre o ritmo da flauta tocada pelos jornalões. Na verdade, tal situação, que não é privilégio do Maranhão, reflete incompetência dos governos em lidar com a questão, pois além da superlotação dos presídios é inconcebivel que a violência nas ruas seja comandada de dentro deles. E cabe uma pergunta: será que a intervenção é a solução para o problema?

Pobre Brasil

Não consigo mais ler o noticiário diário sem sentir vontade de vomitar. É tanta hipocrisia, tanta insinceridade, tanta encenação, especialmente entre os políticos, que fica difícil acreditar em alguém. A julgar pela imagem projetada pelas declarações de pretendentes ao governo e pelas manchetes dos grandes jornais, o Brasil está a beira da falência. A impressão que se tem é que são raros os que estão realmente preocupados com o país e a situação do seu povo: a esmagadora maioria só quer se dar bem, não importa se para atingir seus objetivos atropelem as leis e destruam o opositor. Alguns sequer se importam com a estabilidade e a soberania do país, preferindo o caos como caminho para a conquista do poder. Parte expressiva da população, influenciada pelo noticiário da chamada Grande Imprensa, perdeu a capacidade de pensar, preferindo, por comodidade ou preguiça mental, aceitar os fatos como transmitidos pela mídia que, a cada nova manchete, vai ficando desacreditada. O povão já não consegue acreditar nem mesmo na Justiça que, depois da atuação do ministro Joaquim Barbosa, perdeu a isenção. Parece que ela levantou a pontinha da venda nos olhos para ver a quem penalizar. Há até quem acredite que se Jesus Cristo viesse agora ao Brasil, pregando o “amai-vos uns aos outros”, seria considerado subversivo, condenado pelo ministro Barbosa e conduzido à prisão sob os holofotes da mídia. E ainda sinto o estômago embrulhado...

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Afronta

A cada nova decisão do Supremo Tribunal Federal fica mais evidente a armação do julgamento da Ação Penal 470, o chamado mensalão, para atingir o PT e, de tabela, o ex-presidente Lula e a presidenta Dilma Roussef. Agora foi a vez do ministro Marco Aurélio Mello revelar-se afinado com o presidente da Corte, Joaquim Barbosa, nas decisões que atendem aos interesses do grupo político controlador da chamada Grande Imprensa, cujo comportamento é nitidamente anti-PT ou, mais precisamente, anti-Lula/Dilma: como relator do processo sobre o esquema de cartel e propina no metrô de São Paulo, que envolve os governos tucanos de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alkmin, ele decidiu desmembra-lo para ser julgado separadamente, pelo Supremo e pela Justiça paulista, considerando que apenas quatro dos indiciados tem foro privilegiado - os deputados Arnaldo Jardim, Edson Aparecido, José Aníbal e Rodrigo Garcia, os três últimos ocupando atualmente secretarías do governo Alkmin. Esta decisão, embora constitucionalmente correta, contrasta com a decisão tomada pela Corte em 2012, por 9 votos a 2, aprovando parecer do ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão, contrária ao desmembramento solicitado pelos advogados, embora dos 35 réus apenas quatro tivessem direito a foro privilegiado. E o ministro Marco Aurélio, que agora decide pelo desmembramento do processo envolvendo tucanos, votou contra o mesmo procedimento no caso do mensalão, atropelando a Constituição que o Supremo tem o dever de defender. Como é fácil perceber, é nítida a posição política de parte dos membros da Corte Suprema, cujo atual presidente, longe de agir como magistrado, atuou no julgamento do mensalão como instrumento dos interesses políticos do grupo que controla a Grande Imprensa. E nem se preocupou em disfarçar sua ojeriza ao petismo, o mesmo petismo que o colocou na cadeira do STF. O fato é que a sua atuação, escandalosamente passional, está contribuindo para que a Corte Suprema perca o respeito que sempre teve do povo brasileiro, o que é facilmente constatável pelas críticas ácidas postadas diariamente nas redes sociais. Um internauta chegou a perguntar: "De onde Lula tirou o Joaquim Barbosa? Das profundezas do inferno?" Até então nunca ninguém ousara criticar as decisões do Supremo que, depois do ministro Joaquim Barbosa, se tornaram uma afronta à democracia e um desrespeito à inteligência do povo brasileiro.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Férias

Logo após decretar a prisão do deputado João Paulo Cunha, condenado a 6 anos e 4 meses de reclusão no processo do chamado mensalão, o ministro Joaquim Barbosa entrou de férias e provavelmente viajará para o seu apartamento em Miami, nos Estados Unidos, que comprou através de uma empresa da qual é presidente, mesmo proibido pela Constituição Federal. Barbosa antecipou as férias, marcadas para começar no próximo dia 10, provavelmente para escapar do assédio da imprensa que, por certo, lhe pediria explicações sobre por que só não tem tempo para decidir sobre a prisão do ex-deputado Roberto Jefferson. Na sua ausência a presidência do Supremo Tribunal Federal será exercida pela ministra Carmem Lúcia até o dia 19, quando será ocupada pelo ministro Ricardo Lewandowski. Enquanto isso o presidente da Câmara Federal, deputado Henrique Alves, marcou para o dia 4 de fevereiro uma reunião da Mesa da Casa para tomar uma decisão sobre o destino do mandato de João Paulo Cunha. Como o Congresso Nacional se mantém de joelhos diante do ministro Barbosa, aceitando ordeiramente todas as suas intromissões embora tenha instrumentos constitucionais para freiá-lo, ninguém se surpreenderá se a Mesa da Câmara decidir pela cassação de João Paulo. E o ministro deve aproveitar as férias para treinar o samba no pé e se preparar para o carnaval quem vem por aí...

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Intervenção

O Maranhão está sob a ameaça de intervenção federal, como consequência da onda de violência que assola os presídios, onde em 2013 foram mortos 62 detentos, e a própria capital maranhense. A governadora Roseana Sarney respondeu nesta segunda-feira à interpelação da Procuradoria Geral da República, que pediu explicações sobre a situação do sistema prisional do Estado. Entre outras coisas, a governadora atribuiu ao ex-secretário de Administração Penitenciária, Sérgio Tamer, a culpa pela situação, acusando-o de deixar "um ambiente viciado" nos presídios. Ela também acusou o juiz-auxiliar da presidência do Conselho Nacional de Justiça, Douglas Martins, de dizer "inverdades" em seu relatório. Acusou ainda a Justiça de morosidade no julgamento dos processos dos presos. E afirmou que já investiu R$ 131 milhões no reaparelhamento das unidades prisionais do Maranhão. Depois de analisar o relatório do CNJ e a resposta da governadora Roseana Sarney o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, decidirá se pedirá ou não ao STF a intervenção no Estado do Maranhão. A coisa está ficando feia...

Entreguista

Depois que deixou o Palácio do Planalto o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso encontrou solução para todos os problemas do país. Em artigo publicado no domingo último nos jornais "O Globo" e "Estado de São Paulo", FHC revela que tem solução para tudo, inclusive para a Petrobrás que, segundo ele, não deveria participar dos leilões do pré-sal. Justiça seja feita: ele mantém a coerência entreguista, defendendo maior aproximação com os Estados Unidos e a ampliação das privatizações. O ex-presidente, pelo visto, ainda não desistiu do projeto de privatizar a Petrobrás e o Banco do Brasil e, também, de entregar a Base Espacial de Alcântara, no Maranhão, para os norte-americanos. Para isso está contando com a vitória de Aécio Neves.

Raivoso

Depois do "rebolation" no clube do Andaraí, onde testou sua popularidade distribuindo sorrisos e apertos de mão, o ministro Joaquim Barbosa parece que voltou mais raivoso contra os petistas. Sem tempo para decidir sobre a prisão do ex-deputado Roberto Jefferson, que continua passeando em sua possante moto nos arredores do seu sitio no Rio de Janeiro, o presidente do Supremo Tribunal Federal encontrou tempo nesta segunda-feira para negar o recurso e encerrar o processo do deputado João Paulo Cunha, determinando o imediato cumprimento da sua pena de 6 anos e 4 meses de prisão. Isso significa que a qualquer momento ele decretará a prisão do deputado petista. Em dezembro último, em pronunciamento da tribuna da Câmara Federal, o deputado João Paulo Cunha desafiou o presidente do STF a dizer "o que eu desviei". Enquanto isso, dando continuidade à perseguição dos petistas, a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal determinou que o ex-deputado José Genoíno pague uma multa de R$ 468 mil por sua condenação por corrupção. E ainda dizem que não foi um julgamento político...

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Dedo sujo

É surpreendente a sem cerimônia do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que, em sua mensagem de fim de ano, fala de “patifaria política” e “corrupção”, dos outros, como se o seu governo tivesse sido um primor de retidão e honestidade. Depois de começar a sua mensagem dizendo que “o ano que termina não foi dos melhores para o país”, ele prevê, como pitonisa do pessimismo, “nuvens pesadas rondando a economia” e “inflação perigosa”. E, mais adiante, sem tremer as bochechas, afirma: “Há, entretanto, sinais alentadores: a população tomou as ruas para exigir melhor qualidade de vida, demonstrando inconformidade com a patifaria política e com a corrupção”. Para quem comprou votos de parlamentares para a aprovação da emenda da reeleição e abafou todas as investigações sobre corrupção no seu governo, inclusive impedindo a instalação de CPIs, a afirmação revela um tremendo cara-de-pau. Em sua mensagem o ex-presidente FHC disse, ainda, que “o Supremo Tribunal Federal mostrou que mesmo os poderosos têm de obedecer as leis, pagando os desvios de comportamento com o preço da liberdade”. Se o STF tivesse realmente mostrado que “os poderosos têm de obedecer as leis” ele certamente também estaria na cadeia, junto com outros tucanos de alta plumagem envolvidos no esquema de propinas do cartel de trens do metrô de São Paulo. E nem precisaria da “teoria do domínio do fato”, bastando as provas reveladas pelo livro “O Príncipe da Privataria”, de Palmério Dória, onde se pode ver as negociatas do seu governo que a conivência da chamada Grande Imprensa escondeu. É esse homem, que quase encravou no Maranhão uma nova Guantânamo, que agora aponta o dedo sujo para os outros. Remember o senador Demóstenes Torres...