quinta-feira, 31 de julho de 2014

Adeus, Barbosa

Agora é oficial: o ministro Joaquim Barbosa se aposentou mesmo do Supremo Tribunal Federal. O decreto da sua aposentadoria foi publicado nesta quinta-feira pelo Diário Oficial da União. O ministro Ricardo Lewandowski deve ser eleito nesta sexta-feira o novo presidente do STF. Os círculos jurídicos nacionais estão convencidos de que a partir de agora o Poder Judiciário será mais respeitado por todos os que esperam dele realmente Justiça.

Os culpados

Os Estados Unidos e um grupo de países europeus aprovaram sanções econômicas contra a Russia porque, na visão deles, o presidente Wladmir Putin seria o responsável pela queda do avião da Malasya Airlines que matou 298 pessoas. A acusação se estriba no fato de que o avião teria sido derrubado por separatistas ucranianos com armamentos fabricados pelos russos. Até agora não existe nada que comprove a participação do presidente russo na tragédia, mas se o principal argumento para acusá-lo é o uso de armas russas então o presidente Barack Obama deveria igualmente ser acusado como responsável pelo massacre de idosos, mulheres e crianças palestinas, pois as armas utilizadas pelos israelenses são de fabricação norte-americana. Aliás, a alta comissária para os Direitos Humanos da ONU, Navy Pillay, denunciou nesta quinta-feira o apoio que Barack Obama está dando à ofensiva israelense. Ela disse: “Os Estados Unidos não apenas fornecem armamento pesado como, também, gastaram 1 bilhão de dólares no sistema antifoguetes de Israel, proteção que os civis de Gaza não tem”. Enquanto isso, alguns brasileiros como o deputado Jair Bolsonaro, o sociólogo Demétrio Magnoli e a revista “Veja” manifestam apoio a Israel e condenam a posição brasileira, contrária ao massacre de inocentes palestinos. Bolsonaro, uma figura folclórica do Parlamento Nacional que não costuma ser levado a sério, mandou carta ao embaixador israelense em Brasilia afirmando que “a maioria dos brasileiros dotados de cultura, dignidade e bom senso está com o povo de Israel e contra o terrorismo”. Embora sem procuração para falar em nome dos brasileiros “dotados de cultura e dignidade”, ele acertou uma coisa: todo brasileiro, culto ou não, é contra o terrorismo e a favor da paz.

domingo, 27 de julho de 2014

Cara de ameba

Quando a crise entre o Irã e Israel começou a atingir níveis perigosos, por causa das denúncias de que o país dos aiatolás estava enriquecendo urânio com objetivos bélicos, o Brasil, através do ex-presidente Lula, propôs intermediar uma solução pacífica com o apoio da Turquia. No mesmo dia a então secretária de Estado norte-americano Hillary Clinton, ignorando deliberadamente a iniciativa brasileira, propôs novas sanções contra o governo iraniano. Ao divulgar a notícia o editor de um conhecido jornal colocou a seguinte manchete imbecil : “EUA lançam o Brasil no ralo da história”. Na sua visão vesga o Brasil estava desmoralizado pela simples opinião de uma autoridade dos Estados Unidos, o que evidencía o seu espírito de subserviência. Não li, mas imagino o que ele deve ter escrito como título para a notícia sobre declarações do porta-voz do governo israelense, Yigor Palmor , chamando o Brasil de “anão diplomático” por ter condenado publicamente a ofensiva militar que culminou na morte de dezenas de mulheres e crianças palestinas. O porta-voz, com cara de ameba, não esconde o seu fanatismo e muito menos a sua ausência de sentimento humanitário, pois debochou do sofrimento dos palestinos ao comparar o massacre à goleada que a Alemanha impôs ao Brasil na Copa do Mundo de futebol. Ele, porém, recebeu a resposta à altura do nosso chanceler.

Coração do mundo

Crescem no mundo inteiro os protestos contra o massacre dos palestinos realizado pelo governo de Benjamin Netanyahu. O próprio povo israelense condena a ação do seu governo, que até sábado último já havia provocado a morte de mais de 1000 pessoas, incluindo mulheres e crianças, além de milhares de feridos. Nem os hospitais da faixa de Gaza nem as escolas da ONU estão livres dos bombardeios israelenses, o que levou o premier turco Tayyp Erdogan a comparar o primeiro ministro de Israel a Adolf Hitler, que promoveu o holocausto em que foram mortos mais de 6 milhões de judeus. O mundo assiste estarrecido à escalada da violência, sem ver nenhuma ação concreta capaz de estancar a guerra. Até agora só muita conversa, enquanto Israel continua matando civis, incluindo crianças e mulheres, em represália aos ataques do grupo Hamas, que já mataram mais de 30 judeus com seus foguetes lançados contra as cidades israelenses. É claro que os judeus têm o direito de se defender, mas não faz sentido reagir contra civis que não tem nenhuma culpa pela ação do Hamas. Seria o mesmo que considerar normal os Estados Unidos bombardearem as cidades de onde saíram os terroristas que derrubaram as torres gêmeas em Nova Iorque, matando milhares de inocentes. A Organização das Nações Unidas, que deveria ser a guardiã da paz mundial com autoridade para intervir nesses casos, não tem forças para agir quando estão em jogo os interesses dos Estados Unidos ou de Israel. O secretário-geral Ban Ki-moon se limita a correr de um lado para o outro, fazendo apelos e tentando convencer o governo israelense e o Hamas a suspenderem o fogo, porque suas resoluções, nesses casos, não funcionam. Recorde-se que a resolução da ONU, contrária à invasão do Iraque, não impediu que o presidente George W. Bush ordenasse o ataque àquele país, estribado na falsa informação de que Saddam Hussein possuía um arsenal de armas de destruição em massa. A Comissária da ONU para os direitos humanos, Navi Pillay, disse na quarta-feira que Israel pode ter cometido crimes de guerra ao matar civis e bombardear casas e hospitais. Ela condenou também os foguetes disparados pelo Hamas contra os israelenses. E o Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou, com o voto de 29 países, inclusive do Brasil, resolução condenando a ofensiva militar israelenses contra a Faixa de Gaza e criando uma comissão internacional para investigar as violações dos direitos humanos. Os Estados Unidos, que apóiam Israel, votaram contra a resolução e a França, Inglaterra, Alemanha e Japão, entre outros, se abstiveram de votar, ou seja, lavaram as mãos diante de um problema que pode evoluir para um conflito mundial. Em recente reportagem em São Paulo a TV Bandeirantes mostrou que, ao contrário do que acontece na faixa de Gaza, no Brasil os judeus e palestinos, que predominam no comércio popular da capital paulista, convivem pacificamente como irmãos, inclusive se reunindo em confraternizações. A “guerra” entre eles se limita à busca de clientes para o seu comércio. Um dos judeus residente há mais de 30 anos na capital paulista, entrevistado pela televisão, declarou: “O mundo deveria espelhar-se no Brasil, onde vivemos fraternalmente”. Eles também repudiam a guerra que já matou muita gente inocente. O Brasil, na verdade, é o país da paz. Afora os black blocs, que adotaram a violência como prática para seus protestos, e os maus brasileiros que vivem pregando o caos, a população deste imenso país é ordeira e hospitaleira, recebendo de braços abertos os estrangeiros que aqui aportam e adotam o solo brasileiro como o seu próprio berço. A recente Copa do Mundo confirmou a hospitalidade dos brasileiros, causando em todos tão boa impressão que muitos estrangeiros decidiram voltar. O saudoso escritor Humberto de Campos, aliás, já dizia que o “Brasil é o coração do mundo e a pátria do Evangelho”. E este enorme coração brasileiro, que abriga e pacifica gregos e troianos, está pulsando forte para levar a paz aos irmãos judeus e palestinos, cujos parentes encontraram aqui o aconchego com o qual todos sonham.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Vale tudo

Frase entreouvida na rua nesta sexta-feira: - Você viu a pesquisa na TV? A Dilma e o Aécio estão tecnicamente empatados! Esse foi exatamente o objetivo da “Folha” e da Globo com a divulgação, nesta quinta-feira, da pesquisa do Datafolha sobre a intenção de voto para as eleições presidenciais de outubro vindouro: levar o povo a acreditar que a Presidenta e o senador mineiro estão empatados na preferência do eleitorado. Na verdade a pesquisa mostrou que se as eleições fossem hoje Dilma venceria no primeiro turno, não havendo, portanto, nenhuma razão para uma simulação sobre um eventual segundo turno. Isto porque o empate técnico ocorre justamente num hipotético segundo turno que, pelo menos até esta pesquisa, não dá sinais de que poderá acontecer. Ao divulgar o resultado da consulta, no entanto, A TV Globo não justificou a simulação do segundo turno e muito menos destacou o fato de que, de acordo com os números da pesquisa, a Presidenta se reelegeria ainda no primeiro turno. E muita gente passou a acreditar numa informação inverídica porque estribada numa hipótese forçada justamente para confundir. A divulgação no “Jornal Nacional” e repetida no “Jornal Hoje” faz parte, obviamente, desse plano maquiavélico de minar a candidatura à reeleição da presidenta Dilma Roussef e facilitar a eleição do candidato tucano Aécio Neves que, mesmo consciente dessa estratégia da Grande Midia, acabou se empolgando com a simulação, acreditando que irá ao segundo turno. Percebe-se, sem muita dificuldade, a partir dos resultados das últimas pesquisas, que o quadro eleitoral praticamente não se alterou ou sofreu ligeira alteração: enquanto a Presidenta caiu alguns pontos, como resultado sobretudo da sistemática campanha dos jornalões, mas mantém ainda assegurada a sua eleição no primeiro turno, os seus principais adversários – Aécio Neves e Eduardo Campos – tiveram um crescimento insignificante, o que significa que apesar do apoio escancarado da mídia não conseguiram ainda sensibilizar o eleitorado. E continuam patinando num determinado patamar por falta de uma bandeira que empolgue o povão, já que se limitam, única e exclusivamente, a criticar a Presidenta, algumas vezes de maneira grosseira. A escandalosa campanha da chamada Grande Imprensa para defenestrar Dilma do Palácio do Planalto, que esconde a importância da reunião do BRICS e destaca a vaia no Maracanã, chega ao absurdo de acusar a Presidenta por tudo de ruim que acontece não apenas no Brasil mas, também, no mundo: depois que a “Folha” em editorial culpou Dilma, entre outras coisas, pelo linchamento da uma inocente em São Paulo, uma colunista insinua que ela também é culpada pela queda do avião da Malasya Airlines na Ucrânia. Parece que não há limites para os opositores do governo, para quem, no esforço para conquistar o poder, os fins justificam os meios. Os líderes oposicionistas na Câmara Federal também estão fazendo a sua parte nesse projeto destinado a apear o PT do poder: para eles vale tudo quando se trata em atingir a Presidenta. Se ela veste vermelho, protestam e recorrem à Justiça; se faz um pouso técnico em Portugal, criticam e pedem explicações; se reúne a sua equipe no Palácio da Alvorada, enlouquecem com ações no Judiciário; se fala através de uma cadeia de rádio e televisão, gritam que é campanha antecipada e buscam a Justiça Eleitoral; se troca ministros a gritaria é a mesma; e agora estrebucham e fazem enorme alarido porque ela hospedou o presidente cubano Raul Castro na Granja do Torto. Será que esse pessoal não tem o que fazer no Congresso? Será que pensam que isso é fazer oposição? Estão subestimando a inteligência da população se imaginam que com essas bobagens conquistarão os votos de que precisam para ocupar o Palácio do Planalto. Se não mudarem o discurso, especialmente o ex-governador pernambucano, que parece ser o eco do senador mineiro, dificilmente conseguirão mudar esse panorama eleitoral, mesmo com todo o peso da Grande Midia. Afinal, já se foi o tempo em que o povo acreditava em tudo o que saía nos jornais e na televisão. O sucesso da Copa, contrariando o pessimismo insistentemente alardeado por eles, contribuiu para essa mudança de ótica. Já era tempo.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Refresco

O senador Aécio Neves, candidato tucano à Presidência da República, que parecia navegar em águas tranqüilas em meio aos disparos da sua metralhadora verbal contra a presidenta Dilma Roussef, começou a provar do próprio remédio. A denúncia da “Folha” de que, quando governador de Minas, construiu um aeroporto na fazenda do seu tio-avô, com recursos públicos no valor de R$ 14 milhões, funcionou como um direto de esquerda e deixou-o tonto. A ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) e o Ministério Público vão investigar o fato, ao mesmo tempo em que o PT, usando da mesma estratégia do PSDB, vai representar contra o senador mineiro por improbidade administrativa. Já se fala também em CPI na Assembléia Legislativa de Minas Gerais. Aécio, que vive apontando o dedo acusatório para os outros, vai ter de se explicar, o que certamente implicará em enorme desgaste para a sua candidatura. Fogo no dos outros é refresco...

Sem asilo

O Uruguai negou o asilo político solicitado pela advogada Eloisa Samy, acusada de pertencer aos black blocs, e antes que a polícia chegasse para prendê-la ela se escafedeu do consulado daquele país no Rio de Janeiro. Eloisa, que está sendo considerada foragida, teve a sua prisão preventiva decretada pelo juiz Flavio Itabaiana junto com outros 25 acusados de ações violentas nas manifestações no Rio. Segundo a denúncia do promotor Luis Otávio Lopes, ela se aproximou dos black blocs como advogada, mas depois se integrou ao grupo, inclusive dando instruções para os atos de violência. A responsável pelo consulado uruguaio, Myrian Chala, disse que não via razão para o asilo político. E não há mesmo. A black bloc, portanto, vai ter de cantar em outra freguesia ou, então, entregar-se à polícia, que está no seu encalço, para responder por suas más ações.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

"Queimação"

A Globo antecipou-se à CBF e anunciou neste domingo, no programa "Fantástico", a escolha de Dunga como novo treinador da seleção brasileira. O anúncio, porém, foi seguido de uma sutil "queimação" do nome do ex-capitão da seleção: uma suposta pesquisa do programa resultou na rejeição de Dunga por 85% dos entrevistados. Quem acredita nisso? Recorde-se que foi a Globo a responsável pela demissão de Dunga em 2010, após a derrota do Brasil nas quartas de final da Copa. A pesquisa, obviamente, teve o objetivo de influenciar a decisão da CBF, numa tentativa para vetar o nome do ex-jogador. Resta saber se a entidade máxima do futebol brasileiro, que ficou de anunciar o nome do treinador nesta terça-feira, se deixará influenciar pela Globo e mudará a escolha. Vamos aguardar.

domingo, 20 de julho de 2014

Juiz certo

”Protestar não é crime”, diz o cartaz empunhado por um manifestante fantasiado de Batman, contestando decisão do juiz Flavio Itabaiana, da 27ª. Vara Criminal do Rio, que expediu mandado de prisão para 26 vândalos, que a imprensa chama de “ativistas”, acusados da destruição do patrimônio público e privado durante manifestações no Rio. Além dele, outras pessoas condenaram a decisão do magistrado, entre elas parlamentares do PSOL e do PCdoB, que ingressaram com uma representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pedindo uma punição para o juiz. Como se recorda, o PSOL foi acusado na época de estar por trás dessas manifestações, o que torna suspeita a iniciativa dos seus deputados federais na representação contra o juiz. Observa-se, por outro lado, sem muita dificuldade, que está faltando alguma coisa na manifestação dos que se revelam indignados com a prisão dos “ativistas”: falta lembrar que a prisão determinada pelo juiz não foi motivada pelas manifestações, mas pelo quebra-quebra promovido pelos acusados. Ou seja: protestar realmente não é crime, mas destruir o patrimônio alheio é. Num retrospecto das manifestações constata-se que a policia garantiu as manifestações enquanto elas se desenvolviam pacificamente, só agindo repressivamente – e assim mesmo em alguns casos tardiamente – quando os mascarados black blocs começavam o quebra-quebra, destruindo tudo à frente como um bando de bárbaros. Eles deveriam ficar impunes? Quem paga os prejuízos que causaram? Isso é democracia ou anarquia?

Dunga

A CBF deve anunciar na próxima terça-feira, dia 22, o nome do novo técnico da seleção brasileira, que substituirá Felipão, demitido após o vexame da goleada imposta pela Alemanha. O novo coordenador da entidade máxima do futebol brasileiro, o ex-goleiro Gilmar, já descartou os rumores sobre a escolha de um técnico estrangeiro e as especulações agora giram em torno dos nomes de Tite, ex-treinador do Corinthians, e Dunga, que comandou a seleção na Copa de 2010. O nome mais falado nos últimos dias, no entanto, é o de Dunga, que no comando da seleção canarinha conquistou dois títulos internacionais e só teve uma derrota, justamente a que tirou o Brasil da Copa de 2010 e assim mesmo por uma falha do goleiro. O ex-capitão da seleção, no entanto, foi demitido de maneira humilhante pelo então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, por pressão da Globo, por conta de um desentendimento entre o técnico e um de seus repórteres. Na verdade, Dunga sempre foi o melhor nome para dirigir a equipe brasileira mas, por conta da pressão da Globo, foi preterido em favor de Felipão. Vamos ver se a CBF agora está mais independente e confirma o nome do treinador que, sem preocupação em ser simpático com a imprensa, se mostrou eficiente no comando da seleção.

Barbaridade

Israel suspendeu por duas horas neste domingo o ataque à faixa de Gaza, a pedido da Cruz Vermelha Internacional, para permitir o recolhimento dos mortos e feridos. Até este domingo, em 13 dias de guerra, o exército israelense já havia matado mais de 300 palestinos, incluindo mulheres e crianças, e deixado mais do dobro de feridos. O primeiro ministro turco Tayyp Erdogan acusou o premier israelense Benjamin Netanyahu, que ordenou os ataques, de ser mais bárbaro do que Hitler. No mundo inteiro estão sendo registrados protestos contra o massacre de palestinos civis promovido por Israel, que não dá a mínima para a ONU. Na verdade, os israelenses seguem o exemplo dos Estados Unidos, que só dão ouvidos à Organização das Nações Unidas quando as suas decisões lhe são favoráveis. Lamentavelmente a entidade, que deveria ser uma garantia para a paz mundial, se transforma em mero acessório de decoração quando estão em jogo os interesses dos Estados Unidos e de Israel.

Sumidos

Dois nomes, que tinham espaço cativo nas páginas dos jornalões, sumiram do noticiário: do ministro Joaquim Barbosa, do STF, e do senador Álvaro Dias, do PSDB. O sumiço de Barbosa tem explicação: ele se aposentou do Supremo (pelo menos foi isso que informou à mídia) e, portanto, fora do STF não atende mais aos interesses da Grande Imprensa. Quanto ao senador tucano do Paraná não existe uma justificativa para o seu desaparecimento da mídia, o que, considerando o tamanho da sua vaidade, deve estar provocando nele enorme sofrimento. Ao que tudo indica, porém, seu sumiço tem relação com a campanha eleitoral para a Presidência da República, talvez porque não some votos ao candidato do seu partido, Aécio Neves, que não tira mais fotos ao seu lado. Será??

quarta-feira, 16 de julho de 2014

BRICS

Surge no mundo uma nova ordem econômica com a criação, ocorrida esta semana em Fortaleza, do Banco de Desenvolvimento do BRICS. O novo banco, que fará frente ao FMI e ao Banco Mundial, foi criado pelo grupo denominado BRICS, integrado pelo Brasil, Russia, India, China e África do Sul, durante a 6ª.Cúpula na capital cearense, com a presença da presidenta Dilma Roussef, do presidente Vladimir Putin e dos primeiros ministros indiano, chinês e africano. Com sede em Xangai, na China, e tendo como primeiro presidente um indiano, o novo banco, que começará com um capital de US$ 50 bilhões, tem como objetivo atender os países em desenvolvimento, inclusive socorrendo-os nos casos de crise. A decisão, de grande importância para a ordem mundial, foi saudada pelo mundo como um acontecimento marcante no contexto econômico do planeta, mas a chamada Grande Imprensa brasileira, decidida a derrubar Dilma do Planalto, preferiu minimizar o fato, que a colunista Eliane Cantanhede classificou de mera oportunidade para a Presidenta tirar fotografias e badalar. Em compensação, deu destaque à vaia que ela recebeu no Maracanã. O pessoal que faz a Grande Midia perdeu a vergonha e não se preocupa mais em mascarar seus objetivos políticos, escancarando de vez sua ojeriza à Presidenta. Sequer revela escrúpulos quando manipula as notícias para creditar ao governo os aspectos negativos da Copa e atribuir aos “brasileiros” os aspectos positivos. Afinal, a quem eles pensam que ainda enganam??

domingo, 13 de julho de 2014

Alemanha tetra

A vitória da Alemanha por 1 x 0 foi merecida mas a Argentina também merecia vencer. A seleção portenha foi aguerrida, soube marcar bem o adversário (ao contrário dos brasileiros), desperdiçou excelentes oportunidades de gol, mas só perdeu no finalzinho do segundo tempo da prorrogação. Os alemães, que golearam o Brasil com extrema facilidade justamente pela falta de marcação e garra, sofreram muito para vencer os hermanos, que por pouco não levaram a disputa para os pênaltis. Foi um grande jogo, em que as duas seleções mostraram excelente futebol, cada uma com seu estilo. E o Brasil mostrou ao mundo a melhor Copa da história. A nota destoante e vergonhosa da festa de entrega da taça à seleção tetra-campeã do mundo foi a vaia à presidenta Dilma Roussef, uma grosseria de brasileiros idiotizados pela mídia oposicionista. Coitados!

Risadas

Depois da derrota do Brasil para a Alemanha por 7 x 1 a vizinha informou que o seu pastor alemão deixou de latir: agora só dá risadas.

Vândalos

A policia prendeu os vândalos que promoveram quebra-quebra no Rio e São Paulo, inclusive a líder conhecida como Sininho. A prisão foi determinada pela Justiça e os desordeiros serão processados por danos ao patrimônio público e privado, durante as manifestações. Eles imaginavam que estavam protegidos pelas máscaras que usavam para esconder sua identidade e permanecer impunes. A mídia insiste em chamá-los de ativistas, apesar da destruição que promoveram em todas as manifestações. Na verdade são vândalos mesmo, irresponsáveis sem bandeira, cujo único prazer é destruir o que encontram pela frente. Cadeia neles!

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Placar dolorido

O sonho do hexa acabou. E de maneira humilhante. A Alemanha massacrou o Brasil com uma goleada de 7 x 1, a maior da história do nosso futebol. Foi fácil demais: em apenas 10 minutos a seleção alemã marcou cinco gols, já no primeiro tempo, diante de uma atônita e incrédula torcida. Os jogadores brasileiros, estranhamente apáticos e perdidos dentro do campo, praticamente se limitaram a assistir o jogo dos alemães, por pouco não comemorando os sete gols. Um vexame que abateu 200 milhões de brasileiros. Afinal, o que aconteceu? Na verdade, não há explicação nem justificativa. A derrota é natural e faz parte do jogo, mas não com um placar tão elástico como esse, sobretudo para uma seleção pentacampeã como a brasileira. O dolorido, portanto, não é a derrota, mas o tamanho da goleada. Uma humilhação tão grande que levou até alguns jogadores alemães a pedir desculpas aos torcedores brasileiros, muito mais um deboche do que um gesto de humildade. Foi o pior resultado obtido pela seleção canarinho em 100 anos, o que, infelizmente, deixará marcados os seus integrantes e o treinador pelo resto da sua vida profissional. Alguns comentaristas, ainda tentando entender o que efetivamente aconteceu, atribuíram a goleada a uma desastrosa escalação da equipe, alterada devido a lesão de Neymar e a suspensão de Tiago Silva. O técnico Felipão, consciente da sua responsabilidade na convocação e escalação dos jogadores, assumiu, naturalmente, a culpa pelo vexame. A sua culpa maior, no entanto, está relacionada ao fato de não ter corrigido o que parece ser o eterno defeito da nossa seleção em todos os tempos: a falta de marcação e o joguinho de bola para trás e para os lados. Os alemães jogaram à vontade, sem ser incomodados, com tranqüilidade suficiente até para escolher o canto onde fizeram os gols. É justo que se reconheça, também, a responsabilidade do atacante colombiano Zúniga, que tirou da Copa o principal jogador brasileiro, Neymar, com uma entrada criminosa que fraturou uma de suas vértebras, sob as vistas complacentes do juiz espanhol, a omissão da CBF e a aprovação silenciosa da Fifa, que não puniu o agressor, ao contrário do que fez com o craque uruguaio Luiz Suarez, afastado da competição por ter mordido um atleta italiano. Sem Neymar e Luiz Tiago, este vítima da péssima arbitragem dos juízes inglês e espanhol, a seleção canarinha não foi a mesma que venceu os seus adversários nas primeiras fases do certame. Nem mesmo o golzinho de honra no final do segundo tempo conseguiu apagar a irreconhecível atuação dos jogadores brasileiros, que deixaram o país perplexo. É forçoso que se reconheça, também, o nível do futebol alemão. Evidente que a excelente equipe de Klose tem méritos, mas não tanto para impor semelhante humilhação ao futebol brasileiro. Prova disso é que eles sofreram muito para derrotar adversários muito mais fracos e por um placar mínimo. Ninguém, portanto, nem o mais otimista dos alemães, poderia esperar que a seleção pentacampeã do mundo pudesse passar por tamanho vexame, com o pior resultado da sua história. E agora? O que a torcida pode esperar dessa seleção na disputa pelo terceiro lugar na Copa? Para atenuar a humilhação os brasileiros precisam vencer o adversário neste sábado, em Brasilia. De outro modo, será muito difícil esquecer o 8 de julho de 2014. O que é mais lamentável em tudo isso é que a esta altura os profetas do caos, os maus brasileiros que torceram pelo fracasso da Copa, devem estar festejando a derrota da nossa seleção, convencidos de que o fim da euforia da torcida verde-amarela produzirá reflexo negativo na candidatura da presidenta Dilma Roussef à reeleição. Como eles erraram fragorosamente na previsão de desastre na realização da competição esportiva, um sucesso reconhecido por gregos e troianos, torcem agora para que os 7 x 1 desabem sobre o Palácio do Planalto. Entre os que afirmam que o sonho acabou e que o brasileiro voltará agora à realidade do pesadelo, estão o senador Agripino Maia e o misto de cineasta e articulista Arnaldo Jabour. Para ambos, o desastre tem de acontecer a partir de agora. Como Cassandras, porém, não é muito difícil concluir que os dois são tragicômicos.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Basa contrata

Da Associação dos Empregados do Banco da Amazonia (AEBA) transcrevo a seguinte nota: "Na manhã do dia 7 de julho em curso, o Banco da Amazônia assinou contrato com a empresa de Consultoria Deloitte Touche Tohmatsu para que, em 33 meses, segundo os técnicos da consultora, apresentar uma “solução global” para a Gestão de Pessoas do Banco, visando um cenário futuro de excelência nessa área. A reunião contou com a participação de toda a Diretoria do Banco e de representantes da Associação dos Empregados do Banco da Amazônia, o presidente Silvio Kanner, e do Sindicato dos Bancários do Maranhão, Gilson Afonso. A participação das entidades é procedimento comum nesse tipo de projeto corporativo. Na ocasião, elas recebem informações relacionadas ao contrato e conhecem os responsáveis pela Consultoria, tentam passar a idéia de que há um clima de diálogo e trabalho conjunto para a consecução da nova plataforma de RH. Na prática, porém, nada mais que isso. Nenhuma garantia de que as nossas contribuições serão ao menos debatidas seriamente. A Diretoria do Banco mantém o controle integral do processo. Em geral, nesse tipo de trabalho os consultores precisam construir uma avaliação inicial sobre o “nível de resistência” dos empregados, medida a partir de um contato com as entidades representativas. Da parte da AEBA, afirmamos que não temos nenhum compromisso com o projeto, uma vez que não fomos ouvidos na fase de preparação da licitação, bem como não sabemos quais são suas bases e os resultados projetados. Somente após a conclusão da Consultoria e de posse das propostas, poderemos manifestar uma posição. Todo esse cuidado com o “diálogo” não é nada mais nada menos que a preocupação com uma provável frustração, uma vez que, por razões estritamente jurídicas, não há como a Diretoria impor uma solução de RH ou um novo PCS de forma unilateral, isso feriria o princípio do direito adquirido. Se o Banco não precisasse juridicamente da concordância de todos, não faria a menor questão de dialogar. Tem sido assim em outras áreas da gestão, onde e quando a caneta pode resolver sozinha, não há oportunidade para o entendimento. Os técnicos da Consultoria informaram que irão se pautar nas melhores práticas de mercado e constituirão metodologias que as tornem passiveis de serem implantadas no Banco. Por parte da AEBA já fizemos algumas propostas de boas práticas de mercado que consideramos decisivas para o sucesso do projeto como, Recuperação salarial, que pelo menos nos equipare com os demais Bancos Públicos Federais; Fim da Lateralidade; Patrocínio pelo Banco no Plano de Saúde dos Seus Empregados; Pagamento de horas extras, também é uma prática comum no mercado, aliás, é algo que está previsto na lei. É também uma boa prática de mercado respeitar a legislação salarial, inclusive das diversas profissões regulamentadas, entre outras. Lembrando de que, “gato escaldado tem medo de água fria” e de que “de boas intenções ninguém vive”, não devemos nos apegar a “belos discursos” declaratórios de maravilhas, os quais são desnudados por atos administrativos reais. Lembremos as atitudes relacionadas ao Quadro de Apoio, aos Engenheiros, o recente anúncio de mais redução no quadro de algumas agências, a elevação da taxa de juros do CHESAL, a Lateralidade, o corte de funções de Supervisão na Direção Geral e uma realidade salarial que, na linguagem do futebol, nos coloca na lanterna da categoria dos bancários da rede oficial federal. Já tivemos discussões com a Diretoria do Banco e sempre nos informaram que as nossas reivindicações não são fáceis de serem atendidas. Compreendemos isso, sabemos que não são fáceis, mas como dissemos também em várias ocasiões: “se vocês não têm como melhorar de imediato, seria muito importante que não tomassem decisões para piorá-las”. Quanto maior a postergação e o aprofundamento do problema, mais difícil a solução. O que esperar do Projeto que demandará quase 03 anos para sua conclusão? Diante da difícil realidade em que fomos atirados, temos é que ir à luta e manter a atenção, a coesão pela nossa pauta. Com olho vivo! Para que todos tenham conhecimento, a AEBA transcreveu do Diário Oficial da União do dia 07/07, a publicação onde consta a contratação da Consultoria acima referida. Nº DO PROCESSO: PA-2013/005; Nº DO CONTRATO: 2014/170; CONTRATADA: DELOITTE TOUCHE TOHMATSU; CNPJ/MF: 02.189.924/0001-03; OBJETO: Prestação de serviços de consultoria especializada em recursos humanos; MODALIDADE DE LICITAÇÃO: Concorrência; FUNDAMENTO LEGAL: Lei 8.666/93; ITEM ORÇAMENTÁRIO: Crédito com recursos próprios disponíveis em orçamento; VALOR MENSAL: R$ 2.400.000,00; VIGÊNCIA: 33 meses, contados a partir da data da assinatura; DATA DA ASSINATURA: 01/06/2014; DECISÃO: Diretoria do Banco em 10/06/2014; Lisete Maria Hortêncio Batista - Gerente Executiva da GESUP.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Cadê a Fifa??

Atingido covarde e maldosamente com uma joelhada nas costas pelo colombiano Zuniga, no segundo tempo do jogo Brasil x Colombia nesta sexta-feira em Fortaleza, o brasileiro Neymar, principal craque da seleção canarinha, sofreu fratura da terceira vértebra lombar e vai ficar fora do resto da Copa. Ele saiu do campo chorando de dor e foi direto para o hospital. E o árbitro espanhol Carlos Velasco, o pior que já apitou uma partida do Brasil, sequer advertiu o jogador agressor. Em contrapartida, numa clara demonstração do seu comportamento prejudicial à equipe brasileira, deu um cartão amarelo para Tiago Silva só porque passou na frente do goleiro colombiano e atrapalhou a saída da bola. O árbitro inglês que apitou o jogo Brasil x Chile também prejudicou muito a nossa seleção. Até parece que existe uma recomendação para que eles atuem contra o selecionado brasileiro pois, de outro modo, por que a Fifa não os pune?? Com tantas câmeras espalhadas pelo campo a entidade máxima do futebol mundial não pode alegar desconhecimento sobre a atuação vergonhosa desses árbitros. E será que também não vai punir o jogador colombiano?? Se não o fizer estará comprovada a sua participação no complô contra o Brasil, pois por muito menos disso, ou seja, por apenas uma dentada puniu o uruguaio Luiz Suarez com a proibição de participar de nove jogos, tirando-o da Copa e prejudicando a seleção do seu país. Cadê o padrão Fifa que exigiu tanto do Brasil para realizar a Copa??

quinta-feira, 3 de julho de 2014

A caravana passa...

O Brasil – ufa! – passou para as quartas de final da Copa do Mundo de Futebol quase matando do coração muita gente que acompanhou o jogo com o Chile, no sábado último. Foi um sufoco que poderia ter sido evitado se a equipe tivesse jogado melhor e o árbitro inglês fosse mais honesto. E graças ao Julio César estamos hoje nos preparando para novo sofrimento diante da Colombia, na próxima sexta-feira, esperando melhor desempenho da seleção. Não se pode, no entanto, negar o mérito dos chilenos, sem dúvida uma grande equipe que merecia passar para a outra fase por tudo o que jogou desde o início da competição. Não deixa de ser estranho, porém, o comportamento de determinados comentaristas da Globo que, certamente desejosos de projetar uma imagem de isenção para os telespectadores, não viram pênalti em Hulk e enxergaram a bola no braço do mesmo jogador, aprovando, portanto, a decisão do árbitro britânico de não marcar a penalidade máxima contra o Chile e, também, de anular o gol do atacante brasileiro. Só os comentaristas da Central da Copa consideraram acertadas as decisões do árbitro, porque até os seus colegas Galvão Bueno e Arnaldo Cesar Coelho viram os seus erros e criticaram o seu desempenho. Imagine-se se, ao invés do uruguaio Luiz Suarez, fosse um jogador brasileiro que tivesse mordido um adversário! O pessoal da Central da Copa não apenas teria visto em detalhes todos os ângulos da dentada como, também, teria considerado branda a punição dada pela Fifa: no mínimo entenderia que o mais acertado seria o seu banimento do futebol. Embora Luizito seja reincidente e todo o planeta tenha visto a mordida, inclusive ampliada, os seus compatriotas consideraram a agressão um fato normal no futebol e o trataram como verdadeiro herói. O exagero da patriotada é evidente, até porque não existe o menor indício de heroísmo em morder alguém, mas os uruguaios pelo menos deram uma demonstração de solidariedade. Quanto a nossa seleção, Felipão precisa corrigir alguns defeitos que todo mundo vê e que parece perseguir o nosso selecionado em todas as copas: a falta de marcação e o velho hábito de jogar a bola para os lados e para trás. Todas as equipes – todas – marcam intensamente os adversários desde a saída da bola, quase não dando tempo para o outro respirar, enquanto os brasileiros oferecem amplo espaço para que o jogador contrário pare e pense para quem vai fazer o lançamento, acompanhando de longe a sua movimentação. Só dão combate mesmo quando o adversário praticamente penetra na grande área e aí vira sufoco, principalmente quando atrasam a bola para o goleiro diante dos atacantes da equipe contrária. Acho que Felipão deveria ter alguém assistindo o jogo pela TV, em permanente contato com ele, pois existem muitas falhas que não podem ser vistas do local onde se encontra, no campo. De qualquer modo, apesar de tudo a seleção conseguiu empolgar a torcida, que extravasa a sua brasilidade, o seu amor à pátria, ao contrário de alguns políticos e outros maus brasileiros que afirmam, com todas as letras, não sentir orgulho do seu país. E só conseguem ver os defeitos, o lado negativo, como se todos os outros países fossem o paraíso e aqui o inferno. São arautos do pessimismo. Tem candidato para quem nada presta no Brasil e só sabe apontar os defeitos, não apresentando uma única proposta para mudar o que considera errado. E chegou a profetizar, fazendo coro à mídia comprometida, que a Copa seria um fracasso. O sucesso da competição em nosso país, reconhecido inclusive pelos turistas e pela imprensa estrangeira, deixou essa pessoal com cara de tacho. E sem credibilidade para prever qualquer coisa. Como diria o saudoso Ibrahim Sued: “A caravana passa e os cães ladram”.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Barbosa já foi

O ministro Joaquim Barbosa, o mais polêmico ministro do Supremo Tribunal Federal, deixou a Corte nesta terça-feira após presidir, pela última vez, a sua sessão. Ao contrário do esperado não fez nenhum discurso de despedida, fazendo qualquer balanço da sua gestão à frente da mais alta Corte de Justiça do país, mas ao deixar o prédio disse aos jornalistas que saía “com a alma leve” e com a “sensação do dever cumprido”. Ele se aposentou precocemente, pois tendo 59 anos ainda tinha 11 anos para permanecer no STF, até completar 70 anos. Ele negou qualquer pretensão política, mas deixou claro que a partir de agora é livre para definir os rumos da sua vida, o que, obviamente, não exclui a possibilidade de ingressar na política. Saiu, porém, sem deixar saudades. Muito pelo contrário, sua gestão no comando do Supremo foi muito criticada no meio jurídico e até entre os seus próprios colegas do STF e do CNJ. O ministro Marco Aurélio Mello chegou a dizer que a imagem do Supremo foi “arranhada” durante a sua gestão, acrescentando que “precisamos voltar ao padrão anterior, que não é o da Fifa”. A partir de agora o Supremo passa a ser presidido pelo ministro Ricardo Lewandowski, que certamente reconduzirá a mais alta Corte do país à sua normalidade e ao respeito que sempre mereceu do povo brasileiro.

Padrasto?

O Plano Real completou neste dia 1º de julho 20 anos da sua implantação no país. E mais uma vez o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso aproveitou a data para aparecer como o seu autor. O verdadeiro pai do Real foi esquecido nas comemorações: o presidente Itamar Franco. Como ele já está morto, FHC continua posando de pai da moeda que estabilizou a economia do país. E, por mais incrível que possa parecer, ainda tem gente que acredita.

Bola na trave

Em sua última sessão sob a presidência do ministro Joaquim Barbosa, que se aposentou precocemente, o Supremo Tribunal Federal rejeitou, por 8 votos a 2, o pedido do PSDB para anular o artigo 28, da Lei Geral da Copa, que proíbe a entrada nos estádios de cartazes, bandeiras e símbolos com mensagens ofensivas. O partido, presidido por Aécio Neves, argumentou que essa lei impede a liberdade de expressão. O relator do pedido, ministro Gilmar Mendes, entendeu que a lei não limita a liberdade de manifestação, mas previne contra confrontos e distúrbios dentro dos estádios. Os tucanos, que sempre pregaram o pessimismo em relação à Copa e apoiaram as manifestações violentas nas ruas das grandes cidades, queriam facilitar a ação dos vândalos nos estádios e desse modo turvar o sucesso da competição. E são eles que querem voltar a governar o Brasil. Apenas votaram a favor do pedido tucano os ministros Joaquim Barbosa e Marco Aurelio Mello.

Sangue de barata

O senador paulista Aloysio Nunes Ferreira foi escolhido pelo presidenciável tucano Aécio Neves para ser seu vice. Também filiado ao PSDB, Aloysio é aquele senador que não faz muito tempo mandou um jornalista à PQP porque lhe fez uma pergunta. A propósito, ele justificou sua atitude, inapropriada para um aspirante a Vice-presidente, por não ter “sangue de barata”. Na verdade, ninguém tem sangue de barata, mas não se vê homens públicos destemperando-se por aí quando assediados por jornalistas. Aécio rejeitou o nome de Serra para fixar-se em Aloysio, mas observadores políticos ainda não conseguiram ver em que o senador paulista contribuirá para eleger o senador mineiro. De qualquer modo, está formada uma chapa tucana “puro sangue”, o que fechou as portas para a adesão de outros partidos.