sexta-feira, 31 de julho de 2015

E agora??

Sempre foi dito, nesta coluna, que a conspiração para derrubada da presidenta Dilma Roussef, liderada pelo senador Aécio Neves, e a Operação Lava-Jato, comandada pelo juiz Sergio Moro, são parte de um projeto muito maior, inspirado no exterior, com o objetivo de impedir que o Brasil se torne efetivamente uma grande potência, libertando-se em definitivo da influência dos Estados Unidos. Com o pretexto de combate à corrupção busca-se enfraquecer a nossa mais importante estatal, a Petrobrás, como parte de velho projeto (desde o governo de FHC) para entregá-la ao capital estrangeiro, junto com as nossas riquezas petrolíferas, em especial o pré-sal. Ao mesmo tempo, usa-se o mesmo combate à corrupção como cortina de fumaça para ações mais ousadas, que atingem setores de fundamental importância para a segurança nacional. Além do petróleo, que é estratégico para a soberania nacional, sutilmente tenta-se agora sabotar o programa nuclear brasileiro, de modo a evitar que o Brasil conquiste um lugar entre as grandes potencias nucleares. A prisão do almirante Othon Pinheiro da Silva, presidente licenciado da Eletronuclear, pela Policia Federal, por ordem do juiz Sérgio Moro, seria o primeiro passo para paralisar e desmontar, inclusive, o programa de construção do primeiro submarino nuclear nacional. A prisão do almirante, conforme revelou a jornalista Tereza Cruvinel, foi comemorada pelo jornal americano New York Times, que o acusa de realizar clandestinamente um programa nuclear no Brasil. Só essa informação já seria suficiente para suspeitar-se que existe algo muito mais perigoso à nossa soberania, nessa chamada fase de “radioatividade” da Operação Lava-Jato, do que o combate a corrupção, até porque não há nada que efetivamente comprove o envolvimento do almirante e justifique a sua prisão. E o magistrado já quer investigar até a construção do submarino nuclear pela nossa Marinha, o que começa a deixar à mostra o verdadeiro objetivo de tudo isso. Alguns articulistas, entre eles o jornalista e economista José Carlos de Assis, advertiram para o fato de que a prisão do almirante Othon Pinheiro da Silva “pode ser um ato duplo de sabotagem do mais importante projeto de Defesa do Brasil, o submarino nuclear, assim como da tecnologia das centrífugas”, que é mais avançada do que a dos norte-americanos. Ele vai mais além em suas advertências, ao afirmar que o almirante “é um arquivo vivo de tecnologia” e que “metê-lo na cadeia como prisioneiro comum, sujeito às torturas psicológicas do juiz, que se especializou em delações premiadas arrancadas pelo stress da cadeia, é um risco para a segurança nacional e para a Defesa”. Na verdade, como já se tornou rotina vergonhosa o vazamento seletivo dos depoimentos dos presos da Lava-Jato, o depoimento do almirante corre o risco de ganhar as manchetes dos jornais e, especialmente, os ouvidos no exterior dos interessados em sabotar o programa nuclear brasileiro. Como o almirante é o cérebro do programa, não é difícil imaginar que tipo de informação pretendem arrancar dele depois de passar por aquela “fase” que antecede as delações premiadas. Cabem, então, duas perguntinhas: será que os nacionalistas brasileiros, civis e militares, vão aceitar sem reagir essa ameaça à soberania nacional? A Marinha, em particular, e as Forças Armadas, em geral, vão manter os braços cruzados diante dessa interferência indébita no programa de defesa nacional? E o governo, não diz nada? O combate à corrupção não pode servir de pretexto para entregar-se aos interesses estrangeiros segredos de Estado. Afinal, o Brasil não pode assistir inerte a ações contrárias aos interesses nacionais. Se nada for feito para defender o nosso país dos excessos da Lava-Jato, que parece ter se tornado, junto com Aécio e companhia, instrumento de interesses externos, não seria melhor entregar logo para o juiz Moro, de direito, o poder que ele já exerce de fato, considerando que diante do silêncio do STF e o apoio escancarado da midia ele se tornou o homem mais poderoso do país? Antes de encerrar, apenas um lembrete aos supersticiosos: já estamos no clima de agosto...

domingo, 26 de julho de 2015

Planeta Chupão

A Nasa divulgou a descoberta de um exoplaneta com características muito parecidas à da Terra e que orbita uma estrela semelhante ao Sol. Denominado de Kepler-452b e 60% maior do que a Terra, o planeta pode ser o mesmo já anunciado desde o século passado pelos espíritas, que deverá passar próximo do nosso orbe provocando alguns cataclismos. O médium Chico Xavier chegou a denomina-lo de “Chupão”, porque deverá atrair os maus espíritos que perturbam a Terra e lá terão uma nova oportunidade para desenvolver-se, a exemplo dos exilados de Capela.

Denúncias

No início de julho o delegado Dalmey Fernando Werlang, da Policia Federal, denunciou na CPI da Petrobrás que os responsáveis pela Operação Lava Jato haviam utilizado provas ilícitas contra os presos. Mais recentemente uma outra denúncia, agora publicada pela “Folha de São Paulo, aponta outro suposto abuso que teria sido cometido pelos investigadores. A reportagem, assinada pelo jornalista Aguirre Talento, informa que o delegado Mário Fanton, que foi a Curitiba realizar uma sindicância sobre o grampo na cela do doleiro Alberto Youssef, denunciou pressões recebidas de colegas, lotados no Paraná, para abafar o caso. Fanton citou nominalmente o delegado Igor Romário de Paula, que tem se colocado à frente da Lava Jato, a quem acusou de querer "manipular as provas". Até agora não sem tem conhecimento de nenhuma providência dos superiores para substituir os acusados e puni-los. Cadê o ministro da Justiça?

Buscando fama

A busca desesperada pela fama e a disposição de contribuir para derrubar a presidenta Dilma Roussef levou o ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União, a passar o carro adiante dos bois, em franco desrespeito ao presidente da Corte. Depois de antecipar publicamente o seu voto pela rejeição das contas da Presidenta relativas a 2014, antes mesmo dela apresentar a sua defesa – ferindo a Lei Orgânica da Magistratura – o ministro Nardes (ou será Nerds) foi pessoalmente às residências dos presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente o deputado Eduardo Cunha e o senador Renan Calheiros, pedir pressa na votação das contas pelo Congresso Nacional. Ninguém nunca pensou que ele tivesse tanto ódio à Dilma a ponto de passar à frente do presidente do Tribunal, a quem competia semelhante iniciativa. O homem parece que endoidou na busca pela fama.

Tortura

O renomado jurista Ives Gandra da Silva Martins condenou o desrespeito ao direito de defesa na Operação Lava-Jato, onde as prisões preventivas “passaram a ser de uma rotina preocupante, em que a mera imprecisa acusação ou um texto fora do contexto podem levar o suspeito a meses de detenção, da qual só sairá se fizer uma delação premiada”. E acrescentou: “Não é possível utilizar a medida excepcionalíssima fora dos requisitos que a autorizam, para forçar a delação premiada, mesmo que o acusado não deseje fazê-la ou não tenha o que delatar. Tal procedimento, além de macular o direito de defesa e subverter o princípio da presunção da inocência, passa a ser uma espécie de tortura sofisticada do século 21”. Precisa dizer mais?

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Danos

“O Brasil está mergulhado num mar de corrupção”. “É muita corrupção nesse governo do PT”. “O Lula, o chefe da corrupção, deveria ser preso”. Ouvimos diariamente semelhantes comentários nas ruas ou lemos nas redes sociais, o que evidencía o mal que a grande mídia causou ao país. Primeiro, não existe mar de corrupção e muito menos essa prática criminosa surgiu no período governado pelo PT. E não existe nenhuma acusação contra o ex-presidente Lula, apesar do esforço desesperado dos seus adversários para encontrar algo que possa incriminá-lo. Constata-se que a mídia conseguiu fazer a cabeça de muita gente que, habituada a digerir o noticiário diário como verdadeiro, perdeu a capacidade de raciocinar e se limita a repetir o que dizem os jornais comprometidos com a direita que, além de empenhados em derrubar o governo e impedir Lula de voltar a concorrer à Presidência, disseminou o ódio no coração dos imbecis. São enormes os danos que essa mídia causou ao Brasil.

Xerife

A Policia Federal pediu ao juiz Sergio Moro a transferência dos presidentes das duas maiores empreiteiras do país, Odebrecht e Andrade Gutierrez, para um presídio comum. Eles estão presos preventivamente há um mês e a PF alega que não tem vagas para eles na sua carceragem, em Curitiba, justo para eles. Há quem diga que a transferência faria parte da “tortura” para obriga-los a fazer delação premiada. Ao mesmo tempo, informa-se que os Estados Unidos, o xerife do mundo, estão monitorando as atividades da Odebrecht em quatro países. Parece que está em andamento uma operação para acabar com a maior empreiteira do Brasil, com atividades em quase todo o mundo, onde emprega milhares de trabalhadores.

Pra que serve?

A revista “Veja”, que não tem nenhum compromisso com a informação séria, pisou feio na bola com a reportagem intitulada “Para que serve o PAN?” De cara trombou com a TV Record, que está transmitindo os jogos de Toronto, e respondeu com uma nota indagando: “Para que serve a Veja?” Além disso, a revista, que não se preocupa em informar mas em defender interesses políticos e econômicos, revelou que não está nem um pouco interessada nos problemas sociais do país, pois o PAN tem permitido que jovens da periferia fujam dos vícios para se tornarem grandes atletas, ganhando medalhas e causando orgulho aos brasileiros. Por essa e por outras é que a revista dos Civitta agoniza. Há muito perdeu a credibilidade e o respeito dos leitores. Para que ela serve mesmo?

Os efeitos

A mídia divulgou uma nova pesquisa sobre a popularidade da presidenta Dilma Roussef e a aprovação do seu governo. Como seria de se esperar, considerando a campanha massacrante de que ela tem sido vítima por parte da grande mídia, os números estão lá embaixo Parece sem sentido semelhante pesquisa, pois o resultado é óbvio. Conclui-se, na verdade, que o principal objetivo da pesquisa não é medir a popularidade da Presidenta mas os efeitos do massacre midiático.

domingo, 19 de julho de 2015

Um novo panorama

A ambição pelo poder ou, mais precisamente, o desejo incontido de ser Presidente da República acabou fazendo o deputado Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal, meter os pés pelas mãos. Cunha, que vinha participando da trama montada pelo senador Aécio Neves para derrubar a presidenta Dilma Roussef através do impeachment, decidiu romper publicamente com o governo, oficializando a condição de oposicionista que assumiu desde a sua posse na presidência da Câmara, embora o seu partido, o PMDB, integre a base aliada do Planalto. Imaginou que passando formalmente para a oposição garantiria a aprovação do impeachment de Dilma e sua consequente ascensão à Presidência da República. Deu com os burros nágua. Além de não ter recebido a solidariedade de nenhum integrante dos partidos da base aliada, que vinham atuando no Legislativo como vaquinhas de presépio, Cunha de repente foi isolado até mesmo pela mídia, que lhe dava apoio. Pelo visto o poder que ele detinha como presidente da Câmara dos Deputados, que lhe permitiu criar toda sorte de dificuldades para a governo, lhe subiu à cabeça e agora, graças à sua atitude arrogante, lhe escorreu por entre os dedos. E ele deverá voltar do recesso como rei destronado, sem grande parte dos seguidores que lhe davam suporte. A presidenta Dilma Roussef não precisou mover um músculo para esvaziar o até então todo poderoso parlamentar, mas ele resolveu vingar-se dela, autorizando a instalação de CPIs com o único e exclusivo objetivo de perturbar o seu governo. Para chegar a esse ponto, impensável até uma semana atrás, Eduardo Cunha cometeu uma série de erros, o último dos quais foi a oficialização da sua posição oposicionista. Além de assestar suas baterias contra o governo, fazendo a festa da oposição e de governistas descontentes, ele também abriu fogo contra o Ministério Público, mais precisamente contra o PGR Rodrigo Janot; contra a Policia Federal; contra o STF e o juiz Sergio Moro, somando inimigos em vários setores. Resultado: como tem rabo de palha vai ter de responder a inquéritos e corre o risco de ser humilhado na própria Câmara, onde terá de comparecer à CPI da Petrobrás para uma acareação com o delator que o acusou de chantagem e de receber propina. A coisa ficou feia para o lado dele. Percebe-se, na verdade, sem muita dificuldade, que o panorama está mudando. Além de Cunha, também o senador Aécio Neves perdeu terreno na sua cruzada raivosa contra a presidenta Dilma Roussef, sendo isolado dentro do seu próprio partido, o PSDB, que não é unânime em seu esforço para aprovação do impeachment. Até porque alguns nomes de peso do tucanato, como os governadores Geraldo Alkmin e Marconi Perillo, além do senador José Serra, também alimentam sonhos presidenciais. E, obviamente, não estão dispostos a colocar uma cereja no seu bolo. Para completar, Aécio já não tem, também, o mesmo apoio da mídia que sustentava a sua obsessão pelo Palácio do Planalto e que hoje, como é fácil verificar pelo conteúdo do noticiário, especialmente das revistas semanais, está esquecendo a idéia de impeachment e até posicionando-se contra. O clima político no país já não é o mesmo de dez dias atrás. Por outro lado, a Presidenta e os petistas que antes recebiam os ataques sem nenhuma reação parece que decidiram, agora, também partir para a ofensiva. Além de Dilma, cujas declarações mais recentes revelam uma nova postura diante das agressões, o ex-ministro Guido Mantega, hostilizado em duas oportunidades por imbecis riquinhos, está processando os que o insultaram. Mais recentemente o ex-presidente Lula ingressou no Conselho Nacional do Ministério Público contra os procuradores Anselmo Lopes e Valtan Timbó Furtado, da Procuradoria Regional de Brasilia, que determinaram a abertura de inquérito contra ele baseados apenas numa notícia do jornal “O Globo” e motivados por suas preferências político-partidárias. Anselmo, nas eleições passadas, fez postagens nas redes sociais defendendo a candidatura de Aécio. Constata-se que a Operação Lava-Jato teve o mérito de oferecer a alguns tucanos enrustidos, incrustrados no Ministério Público e na Policia Federal, entre outras instituições, a oportunidade de mostrar as suas penas. Diante dos últimos acontecimentos vale a pena lembrar, mais uma vez, o que disse Jesus, segundo o evangelista Mateus: “O escândalo é necessário, mas ái do homem por onde venha o escândalo”. Ou seja, tem muito mais gente na fila esperando o momento de cair do cavalo. É tudo uma questão de tempo.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Piada sem graça

Parece piada. O juiz Sergio Moro, que conduz as investigações da Operação Lava-Jato, negou o pedido da CPI da Petrobrás para ter acesso ao conteúdo da delação premiada de Milton Pascowitch que, segundo o MPF e a Policia Federal, seria o elo de ligação entre a diretoria de Serviços da estatal e o PT. A piada está na justificativa para a negativa: Moro afirmou ao presidente da CPI, Hugo Motta, que “o sigilo é um imperativo da lei”. O diabo é que o sigilo não vale para os vazamentos seletivos que incriminam os petistas. É a segunda vez que o magistrado nega à CPI o acesso aos depoimentos. Como acreditar nessa justiça?? Cadê o STF??

Denuncia grave

A “Folha de São Paulo” publicou domingo último matéria contendo denúncia do delegado Mario Fanton, da Policia Federal, sobre manipulação de provas na Operação Lava-Jato. O policial, enviado a Curitiba para investigar a denúncia de grampo ilegal na cela do doleiro Youssef, disse que foi pressionado por colegas para abafar o caso e acusou o seu colega Igor Romário de Paula de querer “manipular as provas”. Em seu relatório, publicado pelo jornalão paulista, ele sugere ao Ministério Público Federal para reanalisar as provas, “inclusive a sindicância de escuta clandestina, se possível refazendo-a, e conduza diretamente a presente investigação ou com grande proximidade a um novo delegado a se indicar, pois não acreditamos mais nas provas constituídas”. E agora? O ministro José Eduardo Cardozo, da Justiça, vai continuar de braços cruzados olhando a banda passar? Não vai tomar nenhuma providência? Se ele não tiver coragem é melhor entregar o cargo. Chega de leniência.

domingo, 12 de julho de 2015

Ditadura midiática

Em todo o mundo a imprensa é um dos principais pilares da democracia, defensora da Constituição e baluarte das liberdades. No Brasil é diferente. Aqui a grande mídia é a principal fomentadora do desrespeito à Constituição, incentivadora de golpes e defensora da excepcionalidade. E, ainda, apoiadora do fascismo, disseminadora de ódio, responsável pela criação de um clima de hostilidades que ameaça fazer vítimas fatais a qualquer momento. Graças ao terror que implantou no país, com matérias que, infelizmente, ainda conseguem influenciar brasileiros alienados, paralisou pelo medo o governo, o STF e o Congresso, entre outras instituições. Como consequência, o Brasil passou a viver sob o jugo de uma ditadura midiática, que tem como executor de sua agenda o Poder Judiciário, através de alguns dos seus membros transformados por ela em celebridades. Não há limites para a ação desse mecanismo ditatorial, que vem criando enormes dificuldades à presidenta Dilma Roussef em seu segundo mandato, ao mesmo tempo em que robustece a luta de oportunistas da oposição para apeá-la do Palácio do Planalto mediante um golpe mascarado com o nome de impeachment. Qualquer coisa é válida para tentar derrubar a Presidenta, inclusive a palavra de bandidos confessos em delações ditas “premiadas”. A grande mídia conseguiu, inclusive, com suas agressões diárias ao governo e aos petistas, estimular o desrespeito à Presidenta da República até de servidores públicos, na medida em que avaliza e divulga com destaque declarações afrontosas aos seus superiores hierárquicos. O diretor da Policia Federal, por exemplo, afrontou o seu superior hierárquico, o ministro da Justiça, ao afirmar que “a operação Lava-Jato vai continuar com ou sem o ministro José Eduardo Cardozo”. O juiz Sergio Moro, por sua vez, respondeu, de forma desrespeitosa, declarações da presidenta Dilma Roussef. O policial e o magistrado, para isso, certamente se sentem fortalecidos pelo apoio da mídia. Embora com atraso, porém, já se percebe uma reação de todos os que tem sido vítimas de agressões, a começar pela própria Presidenta. Parece que acabou o jogo sem marcação, o que deverá inibir a ação, inclusive, do senador Aécio Cunha, que estava jogando solto com a sua língua afiada. O presidente nacional do PSDB, contorcendo-se de ódio aos brasileiros que elegeram Dilma, não consegue conformar-se com o resultado das urnas e busca chegar ao poder por processos antidemocráticos. Seu avô materno, o saudoso Tancredo Neves, deve estar se revirando no túmulo, decepcionado e envergonhado com o comportamento do neto, que dele só aproveitou o sobrenome para beneficiar-se do seu prestigio político. O nome dele, na verdade, é Aécio Neves da Cunha, mas não tem nada a ver com o presidente da Câmara dos Deputados. Cunha é o nome do pai, que ele preferiu esquecer para adotar o Neves do avô, de modo a facilitar sua trajetória política. O fato é que a Presidenta e os partidos aliados, que há tempos estavam na defensiva, acuados pela campanha sistemática da grande mídia e as agressões de Aécio e companhia, resolveram reagir e partir também para o ataque, o que entonteceu a oposição, já habituada a bater sem nenhuma reação. Os sindicatos começaram a se alinhar na defesa do governo e personalidades nacionais de destaque igualmente assumiram publicamente posição em defesa da democracia e da legalidade e legitimidade do governo Dilma Roussef. E o impeachment, até então considerado favas contadas, perdeu força, apesar de declarações inconsequentes como a do ex-ministro Ayres Brito. A tentativa da “Folha” de alimentar as chamas do impeachment, mediante uma pesquisa de intenção de votos fora de época para dizer que Aécio só chegará ao Planalto se Dilma for derrubada agora, já não produzirá o efeito desejado por vários motivos: primeiro, a base aliada no Congresso já se mobilizou para brecar qualquer tentativa nesse sentido; segundo, o PSDB, principal partido defensor do impeachment, está dividido e Aécio está sendo isolado em sua cruzada obsessiva contra a Presidenta; e terceiro, as recentes declarações do Papa Francisco sobre o comportamento da mídia certamente irão acordar muita gente que, anestesiada pelo noticiário distorcido, perdeu a capacidade de pensar. O Sumo Pontífice disse na Bolivia que “a concentração monopolista dos meios de comunicação social que pretende impor padrões alienantes de consumo e certa uniformidade cultural é uma forma de colonialismo. É o colonialismo ideológico”. Ele pareceu estar falando sobre a imprensa brasileira quando disse que “sob o nobre disfarce da luta contra a corrupção, o narcotráfico ou o terrorismo – graves males dos nossos tempos que requerem uma ação internacional coordenada – vemos que se impõem aos Estados medidas que pouco têm a ver com a resolução de tais problemáticas e muitas vezes tornam as coisas piores”. E finalizou: “Hoje o clima midiático tem suas formas de envenenamento. As pessoas sabem, percebem, mas infelizmente se acostumam a respirar da rádio e da televisão um ar sujo, que não faz bem. É preciso fazer circular um ar mais limpo. Para mim, os maiores pecados são aqueles que vão na estrada da mentira, e são três: a desinformação, a calúnia e a difamação”. Ele disse tudo.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Confissão

O ministro Augusto Nardes, do TCU, relator das contas do exercício de 2014 do governo de Dilma Roussef, parece que também gostou dos holofotes, que o tem focalizado nos últimos tempos, e decidiu responder à Presidenta que, em entrevista à “Folha”, disse que as pedaladas fiscais sempre foram feitas pelos outros governos. Nardes disse que as pedaladas de Dilma foram “extremamente superiores” em relação aos governos anteriores. Ou seja, mesmo sem querer ele acabou admitindo que as chamadas “pedaladas fiscais” são uma rotina em todos os governos. Então, pergunta-se: por que somente agora ele as considera irregulares? Nardes, pelo visto, é outro tucano enrustido que resolveu colocar as manguinhas de fora. Afinal, quem deveria responder à Presidenta era o presidente do TCU e não o relator das contas. As penas tucanas começaram a aparecer em vários lugares.

Golpistas

Em sua entrevista à “Folha” a presidenta Dilma chamou a oposição de golpista e o senador Aécio Neves, que não foi citado nominalmente, vestiu a carapuça e resolveu responder dizendo que “golpista é o PT”. Deve ser uma piada, porque o PT conquistou a Presidência da República no voto. O governador tucano paulista, Geraldo Alkmin, também decidiu responder a Dilma dizendo que “a oposição é necessária num regime democrático, tanto quanto o governo. E não é golpista”. Em parte ele tem razão. A oposição é indispensável numa democracia, mas essa oposição que está aí é golpista. Afinal, ela, a oposição, não quer chegar ao poder pelo voto mas por um impeachment forçado, o que, sem dúvida, é golpe.

Arbitrariedades

Já se comenta nos círculos jurídicos que nem na ditadura militar houve tanta arbitrariedade como hoje, em que as prisões são feitas indiscriminadamente, sem nenhuma base legal, ao sabor dos humores do juiz Sergio Moro, condutor da Operação Lava-Jato. Até documentos dos advogados, destinados à defesa dos seus clientes presos, foram apreendidos. Por outro lado, sobre os vazamentos seletivos que só se referem ao PT, o próprio magistrado disse num encontro de jornalistas que eles são necessários para manter o público informado sobre o andamento das investigações. Ele admitiu, portanto, ser o responsável pelos vazamentos. Nesse caso, pergunta-se: então por que os depoimentos não são abertos ao público e à imprensa? Por que não vaza nada sobre os outros partidos envolvidos?

Quietos

Os militares estão quietos, assistindo dos quartéis à movimentação da oposição para derrubar a presidenta Dilma Roussef. O problema é que todo mundo sabe que se os tucanos, à frente Aécio Neves, tomarem o poder a Petrobrás estará ameaçada, nossas riquezas petrolíferas, o programa nacional de defesa e a nossa soberania. Todos sabem, também, que as forças armadas tem o predomínio dos nacionalistas. Então, pergunta-se: será que eles vão assistir de braços cruzados à ameaça que paira sobre a soberania do Brasil? Como sua missão constitucional é defender o país, creio que estão esperando o momento certo para manifestar-se sobre a questão. E aí eu quero ver como se comportarão os “valentes” que falam até em sangrar a Presidenta...

terça-feira, 7 de julho de 2015

Até que enfim

Ora viva! Até que enfim a presidenta Dilma Roussef resolveu reagir às agressões dos golpistas, à frente o senador Aécio Neves, que querem tomar o Palácio do Planalto de assalto. Em entrevista à “Folha” ela finalmente abriu as baterias, deixando meio atordoados os opositores que já a imaginavam abatida. Palavras, porém, não bastam. Ela precisa usar os mecanismos legais de que dispõe para uma ação mais concreta contra aqueles que a agridem diariamente e tramam contra o seu mandato. Ela precisa mostrar a esse pessoal que ainda está viva e disposta a cumprir o seu mandato até o final. Chega de contemporizar.

Diferença

Os imbecis que povoam as redes sociais realizaram recentemente uma onda de agressões racistas a Maria Julia Coutinho, a moça do tempo do “Jornal Nacional”. A reação foi imediata. Além de outros internautas, que saíram em defesa de Maju, também a própria Globo tomou providências jurídicas para identificar e punir os agressores, contando para isso inclusive com a ajuda de promotores de diversos lugares que deflagraram os mecanismos legais que permitem a identificação dos racistas. Agora, pergunta-se: por que os órgãos do governo não fazem o mesmo quando a presidenta Dilma Roussef é agredida nas redes sociais? Por que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, não faz nada? E a policia federal?

Obsessão

O senador Aécio Neves está tão obcecado pela Presidência da República, que pretende ocupar a qualquer preço, que em entrevista após sua reeleição para a presidência do PSDB disse ter sido reeleito presidente da República. Ele quer ser presidente de qualquer jeito. E se não conseguir emplacar o impeachment da presidenta Dilma Roussef vai acabar enlouquecendo. A julgar por aquele gesto manjado de fazer o V com os dedos da mão, ele continua imaginando que ainda está sobre o palanque eleitoral, embora o pleito tenha sido realizado no ano passado. O que tem impressionado, nos seus discursos, é o olhar de louco. Os seus acólitos precisam prestar atenção, porque parece que ele não está bem...

segunda-feira, 6 de julho de 2015

O perigo tucano

A Operação Lava-Jato está levando o Brasil de volta à condição de colônia, destruindo os grandes avanços conquistados nos últimos doze anos e provocando danos incalculáveis ao nosso programa de defesa e à soberania nacional. Parece não haver dúvida de que todo esse processo objetivando a derrubada da presidenta Dilma Roussef, com a participação decisiva da grande mídia – e que tem como um dos principais componentes a Lava-Jato – seria inspirado no exterior. A espionagem americana revelada pelo wikiliks não deixa dúvidas quanto ao interesse dos Estados Unidos pela nossa economia, particularmente pelo nosso petróleo. A queda de Dilma e a ascensão do tucano Aécio Neves seria, no momento, o melhor caminho para que os americanos alcançassem nossas riquezas petrolíferas, mais precisamente o pré-sal. Até o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso o Brasil vivia na coleira norte-americana, seguindo rigorosamente o seu receituário, que incluía a submissão ao FMI, o desmonte do patrimônio nacional, através das privatizações, e a entrega das nossas riquezas petrolíferas às grandes empresas americanas que exploram petróleo. Chegaram a tentar mudar o nome da Petrobrás para Petrobrax de modo a facilitar a sua privatização. A eleição de Lula, no entanto, mudou esse panorama. A partir do seu governo o Brasil deixou de ser subserviente e andar a reboque da grande nação do Norte, assumiu uma atitude de independência e ganhou o respeito do mundo. Desde então os americanos tentam “recuperar” a sua “colônia”. Os entreguistas tucanos daquela época, no entanto, continuam agindo com esse objetivo, contando com o apoio escancarado da grande mídia. Além do esforço desesperado para tomar o governo a qualquer preço, usando todos os recursos para defenestrar a presidenta Dilma Roussef do Palácio do Planalto, eles tentam também entregar o nosso petróleo ao capital estrangeiro pelas vias legais. O senador José Serra (PSDB), por exemplo, propôs no Congresso a retirada da Petrobrás do pré-sal com o argumento cínico de que a medida “é patriótica”. Embora a proposta seja nitidamente entreguista, o senador Roberto Requião, do PMDB, foi o único membro do Congresso a denunciar da tribuna do Senado o atentado que o projeto representa à nossa soberania. A Operação Lava-Jato, da maneira como vem sendo conduzida pelo juiz Sergio Moro e a tentativa de fragilizar a Petrobrás, desvalorizando-a por conta da corrupção de meia dúzia de funcionários, faz parte desse processo. Estão acumpliciados nessa operação os principais veículos de comunicação do país, o ex-presidente FHC, o senador Aécio Neves e alguns dos seus acólitos. Os outros oposicionistas que seguem a liderança de Aécio nessa cruzada para derrubar Dilma são inocentes úteis, abestados que não atentam para o fato de que estão sendo usados como instrumentos para atingir objetivos que não enxergam. O jornalista Mauro Santayana revelou, em recente artigo, os riscos que a nossa soberania está correndo com os prejuízos causados ao programa nacional de defesa, com a paralização dos trabalhos de construção de navios, submarinos, mísseis, etc. Recorde-se que no final do governo FHC tentou-se entregar aos Estados Unidos, mediante um contrato humilhante de arrendamento, a base espacial de Alcântara, no Maranhão. Entre outras cláusulas, o contrato estabelecia que nenhuma autoridade brasileira poderia entrar em Alcântara sem autorização do governo norte-americano. E mais: o dinheiro pago pelo arrendamento somente poderia ser empregado no setor indicado pelos próprios americanos. Ou seja: a base seria uma nova Guantânamo encravada no Nordeste. Graças ao deputado Waldir Pires, do PT baiano, que segurou o processo na Câmara dos Deputados até a eleição e posse de Lula, o desejo de FHC foi frustrado. E ninguém nunca mais falou no assunto. Por aí já é possível ter-se uma pálida idéia do perigo que representaria para a nossa soberania a presença de Aécio no Palácio do Planalto. Infelizmente muitos brasileiros, influenciados pela mídia golpista, ainda não atentaram para isso. O que ele quer na verdade é o poder, para atrelar novamente o Brasil aos Estados Unidos. Afinal, que propostas concretas ele tem para o nosso país? Em quatro anos de mandato como senador ele não apresentou nenhum projeto para melhorar alguma coisa no Brasil? Ele não faz outra coisa a não ser tramar a queda da presidenta Dilma Roussef porque sabe que dificilmente conquistará o Planalto pelo voto. Na democracia, no entanto, o poder se conquista pelo voto. Afora o voto popular só pelo golpe. Ele sabe disso, mas demagógica e cinicamente se diz democrata.

domingo, 5 de julho de 2015

Estamos de volta

Depois de um longo e tenebroso inverno, que incluiu algumas hospitalizações, este blogue está de volta. E volta quente. E sem delongas vamos às noticias.

Seleção

A CBF vai criar uma comissão com um monte de gente para identificar os problemas da nossa seleção de futebol, que só vence em jogo amistoso. Não sei pra que uma comissão, para ver um problema que está na cara: falta de marcação e aquele joguinho idiota para os lados e para trás. Qualquer time de futebol joga para a frente, enquanto o Brasil só sabe jogar para os lados e para trás. Esse defeito é antigo. Já mudaram várias vezes de técnico mas o problema permanece. No jogo contra o Paraguai verificou-se que em apenas dois toques os paraguaios chegavam à área brasileira levando sempre perigo. E a marcação também não dava trégua à equipe canarinha. No momento em que sanarem esses dois problemas o Brasil voltará a ser o melhor do mundo, porque talento os nossos atletas tem.

Moleque

O moleque que agrediu verbalmente a presidenta Dilma Roussef na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, deveria ter levado umas boas palmadas para deixar de ser imbecil e desrespeitoso. Um professor daquela universidade, aliás, disse que Igor – esse o nome do moleque – é “fascista e imbecil”. Imbecis, também, são todos os que aplaudiram o seu gesto, que revela não exatamente discordância mas intolerância, melhor dizendo, fascismo, estimulado pelo ódio disseminado na grande mídia e nas redes sociais. Acho que esse pessoal que está insatisfeito com o Brasil deveria mudar-se para a Grécia.

Arrogancia

O diretor geral da Policia Federal, Leandro Dalello, disse à imprensa que “a Operação Lava-Jato vai continuar, com o sem José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça”. Ninguém, muito menos o governo, deseja parar a Lava-Jato, pois é importante para o país que os corruptos sejam identificados e punidos. O que todos condenam, inclusive juristas de renome, são os métodos empregados pelo juiz Sergio Moro, que prende sem provas quem bem entende para arrancar confissões, atropelando a legislação. E o que fica bem nitido, com os vazamentos seletivos, são os objetivos políticos da operação que, verdade, está mais interessada em atingir Dilma e o ex-presidente Lula do que propriamente punir os corruptos. Prova disso é que o o corrupto confesso Paulo Roberto Costa, o maior deles, está em casa. A declaração de Dalello, no entanto, revela desrespeito ao seu superior hierárquico.

Casa da mãe Joana

O Brasil foi transformado na casa da mãe Joana, onde todo mundo manda. Manda a mídia, manda o juiz Sergio Moro, manda o procurador Fernando Lima, manda a Policia Federal, manda o deputado Eduardo Cunha, manda o senador Renan Calheiros. Quem menos manda é a presidenta Dilma Roussef, o Supremo Tribunal Federal, o ministro José Eduardo Cardozo. Todo mundo faz o que bem entende, ameaça de morte quem não pensa como a oposição, agride ex-integrantes do governo em hospitais e restaurantes e insulta a presidenta da República nas redes sociais e até em adesivos colados em automóveis. E ninguém sofre qualquer punição. As arbitrariedades e a impunidade generalizada transformaram a democracia vigente no país em uma anarquia mascarada. O procurador Fernando Lima, por exemplo, um dos principais integrantes da força-tarefa da Operação Lava-Jato, certamente sentindo-se fortalecido diante do silêncio e da inércia do STF e da autoridade maior do Ministério Público, chega a debochar publicamente da presidenta da República. Em resposta a uma crítica da presidenta Dilma Roussef , sobre as delações premiadas, disse à “Folha de S.Paulo” que “como não há [entre delatados da Lava Jato] nem Jesus Cristo nem Tiradentes, não há entre os delatores nem Judas nem Silvério. Porque não vivemos nem na Roma imperial nem nos tempos de Maria Louca (??). Vivemos na democracia”. Ele esqueceu de dizer que se vivemos hoje numa democracia devemos, entre outras pessoas, à própria Dilma, que lutou contra a ditadura, chegando inclusive a ser presa. E ele? Qual a sua contribuição à democracia? Na verdade, se houvesse mesmo democracia em nosso país o procurador Fernando Lima não teria a ousadia de debochar da chefe da Nação, pois as instituições estariam funcionando perfeitamente, sem medo da mídia, e ele, como funcionário público, seria punido pelos seus superiores. Como, no entanto, vivemos mesmo numa anarquia, ninguém mais respeita ninguém. A própria Presidenta não reage aos insultos de que tem sido vítima. Como uma das consequências da apatia do governo e do Supremo Tribunal Federal, aparentemente amedrontados diante das pressões diárias da grande mídia, o juiz Sergio Moro se transformou no homem mais poderoso do país, promovendo um festival de prisões e estimulando a delação premiada para obter resultados políticos. Todo o mundo jurídico critica os seus métodos arbitrários, até o ministro Marco Aurélio Melo, do STF, mas como até hoje não houve uma posição formal do Supremo ele continua fazendo o que bem entende, acolitado entre outros pelo procurador Fernando Lima, ignorando solenemente todos os que discordam dele. E não está preocupado porque tem a mídia, que até já o premiou, do seu lado. Enquanto isso o senador Aécio Neves, ainda inconformado com a sua derrota nas eleições presidenciais do ano passado, continua buscando algo para perturbar a presidenta Dilma Roussef. Até hoje ninguém tomou conhecimento de qualquer projeto da sua autoria destinado a melhorar alguma coisa no Brasil. Na verdade, ele não faz outra coisa a não ser agredir o governo e procurar motivos para derrubar a Presidenta. Certamente por isso está perdendo espaço para o governador Geraldo Alkmin, de São Paulo, que se mostra mais maduro e muito mais equilibrado para concorrer à Presidência da República em 2018. Aliás, na propaganda partidária na TV Alkmin fez questão de separar o PSDB de São Paulo do PSDB de Aécio. Por sua vez o deputado Eduardo Cunha, hoje o segundo homem mais poderoso do país depois do juiz Moro, deita e rola na Câmara dos Deputados, atropelando tudo para fazer valer a sua vontade. E conseguiu aprovar a redução da maioridade penal no mesmo dia em que a proposta foi rejeitada, contando para isso com os votos até de parlamentares da base aliada. Cunha, pelo visto, tem a Câmara nas mãos, pois também faz o que bem entende diante da submissão da maioria dos parlamentares. Sua diferença para o juiz Moro é que ele é chefe de um poder e não tem ninguém acima dele, a não ser o plenário da Casa que, no entanto, vem homologando todas as suas decisões. Talvez por isso ele também defenda o Parlamentarismo. O fato é que alguém precisa fazer alguma coisa para mudar essa situação de insegurança em que o país está vivendo. Além das prisões indiscriminadas, ao sabor dos humores do juiz Moro, o ódio disseminado pela grande mídia e redes sociais ameaça fazer uma vítima a qualquer momento, pois as agressões verbais a ex-integrantes do governo e a quem não reza pela cartilha da Direita estão se intensificando sem nenhuma medida punitiva. Se nada for feito um dos muitos desequilibrados que pululam por aí, especialmente nos locais frequentados pela elite paulista, poderá cometer um desatino de consequências trágicas. Afinal, depois que um imbecil pregou a morte de Jô Soares, só porque entrevistou a presidenta Dilma Roussef, tudo é possível.

De volta

Depois de um longo e tenebroso inverno, que incluiu algumas hospitalizações, este blogue está de volta. E volta quente. E sem delongas vamos às noticias.